Revista diz que Rodrigo Bocardi e Renata Vasconcellos cometeram mesma falha de Dony; Globo se pronuncia
Dony De Nuccio pediu demissão após vir à tona a informação de que estava exercendo uma atividade profissional paralela ao seu trabalho na Globo. No mesmo dia, a revista Veja apontou que Renata Vasconcellos e Rodrigo Bocardi já fizeram o mesmo.
Segundo a publicação, a âncora do “Jornal Nacional” e o apresentador do “Bom Dia São Paulo” aparecem em vídeos de outras instituições financeiras. Renata surgiu na divulgação interna do Bradesco, enquanto o nome de Bocardi foi visto em notas fiscais do banco.
Os documentos são referentes a serviços prestados ao Bradesco, pelos quais o jornalista teria recebido valores de 164.000 e 56.000 reais, cada. Imediatamente, começaram a circular rumores de que os dois poderiam ter o mesmo destino que Nuccio.
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Todavia, a Globo se pronunciou sobre o assunto e emitiu a seguinte nota:
“Rodrigo Bocardi não tem e nem nunca teve uma empresa como a do jornalista Dony de Nuccio: não produz vídeos de nenhuma espécie, não faz projetos de comunicação, não faz vídeos publicitários, não capta clientes, não faz assessoria de imprensa. Sua PJ é o meio usado para que seja remunerado por palestras, mediação de debates ou apresentação de eventos, sempre fechados, sem transmissão ao público.
A nota fiscal encaminhada se refere a uma série de 9 palestras, realizadas há dois anos, para funcionários, sob o título “O diferencial sou eu’, sobre a sua trajetória e carreira, em evento fechado e sem transmissão.
Renata Vasconcellos não lembra precisamente de quando foi a participação no vídeo interno ao qual às fotos se referem, mas estima que deve ter ocorrido há oito anos ou dez anos. O vídeo não foi obviamente produzido por ela: ela apenas foi contratada como apresentadora para um trabalho voltado a funcionários.
Importante destacar o comunicado que a Globo divulgou hoje e que se refere ao assunto:
A direção de Jornalismo da Globo informa que foi procurada por alguns de seus jornalistas que relataram que foram contratados por terceiros para participação em eventos institucionais gravados em vídeo, mas sempre com proibição expressa de que as imagens fossem veiculadas ao público externo ou a clientes. Em alguns casos, a participação se deu com autorização da Globo por não ferir as políticas atuais da empresa. Em outros casos, a participação foi inadequada, mas sem má-fé. Todos informaram que não possuem empresas prestadoras de serviços de marketing, assessoria de imprensa ou de projetos de comunicação empresarial. A Globo, ciente agora de que persistem em alguns dúvidas sobre como agir diante de convites, informou que em breve um comunicado reiterará o que é proibido e o que não é, em detalhes, levando em conta a era digital em que vivemos.”
Novos tempos
A Globo também foi procurada por jornalistas, que decidiram relatar suas atividades paralelas, com receio de sofrerem punições. A partir daí, eles tiveram o aval para fazer determinados trabalhos e a emissora manteve o clima amistoso entre todos.
Além disso, foi emitida uma nota, na qual a Globo promete um novo código de ética profissional, mais flexível. Vários jornalistas da casa, assim como os de outras emissoras, costumam faturar com serviços de palestras e serviços de media training.
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