Apresentador do “Conexão Repórter”, no SBT, o jornalista Roberto Cabrini afirmou que, hoje com 35 anos de carreira, enxerga que as fake news, um dos temas mais debatidos ao longo de 2018, serviram para valorizar ainda mais o trabalho do jornalista.
A declaração foi dada durante participação no “Luciana By Night”, na RedeTV!, na noite de terça-feira (18). Cabrini afirmou que as pessoas passaram a procurar “quem é percebido pela população como tendo credibilidade”.
“Com um smartphone eu faço uma reportagem ganhadora de prêmios em qualquer parte do mundo. Por outro lado, têm as fake news e, hoje em dia, a gente também é contestado em tempo real, confrontado com fatos e isso é bom, porque antigamente jornalistas se colocavam num pedestal, acima do bem e do mal e com arrogância. Nós somos apenas uma continuação da sociedade e cada nação, cada país, tem o jornalismo que merece”, observou.
Primeiro repórter a noticiar a morte de Ayrton Senna para o Brasil, Cabrini disse acreditar que o piloto morreu na pista. Ele foi o repórter que mais esteve com ele antes do acidente, em 1994. “Era uma relação profissional, nos respeitávamos muito, tínhamos momentos de descontração”, compartilhou.
Experiente em coberturas mais pesadas, o jornalista disse treinar para ter emoção. “Faz com que você tenha sintonia com o público, mas sem perder a possibilidade de dar informações com precisão”, cimentou. Ele também deu palpites sobre a situação política do país nos próximos anos.
“Nós tomamos as decisões, nós fazemos o país melhor ou pior, nós podemos exercer a cidadania, nós podemos encontrar soluções que dependem mais da gente do que dos governos. É por isso que eu digo ‘coitado do país que precisa de heróis’ porque os heróis somos todos nós”, concluiu.
