Secretário de Bolsonaro, Mario Frias gera polêmica ao se reunir com neta de ministro de Hitler

Mario Frias

Mario Frias tem reunião especial com Beatriz Von Storch (Imagem: Reprodução / Instagram)

Atual secretário da Cultura do Governo Bolsonaro, Mario Frias voltou a dar indícios da sua aproximação com a extrema-direita alemã. Na última quinta-feira (22), o aliado do presidente fez uma reunião especial com a deputada Beatrix Von Storch.

Para quem não sabe, ela é vice-líder da sigla populista AfD (Alternativa para a Alemanha) e neta de Lutz Graf Schwerin Von Krosigk, ministro das Finanças de Adolf Hitler na Alemanha nazista. A parlamentar, inclusive, já foi investigada por incitar o ódio contra mulçumanos e ficou conhecida por levantar bandeiras envolvendo políticas xenofóbicas e anti-imigração.

Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o encontro contou com a presença do secretário de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual Felipe Carmona, e do deputado estadual Gil Diniz, expulso do PSL por ter participado de atos antidemocráticos.

No mesmo dia, Beatrix também se reuniu com os deputados Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis. “Conservadores do mundo se unindo para defender valores cristãos e a família”, escreveu a bolsonarista numa publicação feita nas redes sociais ao lado da deputada alemã.

Cabe lembrar que essa não é a primeira vez que a Secretaria da Cultura aponta sua identificação com a extrema-direita de Hitler. Em janeiro do ano passado, o ex-secretário Roberto Alvim foi demitido após gravar um vídeo com alusões nazistas, incluindo um discurso parecido ao de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler.

Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a “arte alemã da próxima década será ‘heroica’ e ‘imperativa'”, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será ‘heroica’ e ‘imperativa'”.

Na ocasião, Alvim apareceu sentado a uma mesa de gabinete com uma imagem de Bolsonaro e uma bandeira do Brasil, como música de fundo a obra Lohengrin, de Richard Wagner (1813-1883). O artista é um maestro e compositor alemão que escreveu ensaios nacionalistas e antissemitas, e foi tomado pelos nazistas como exemplo de superioridade musical e intelecto.

Após a grande repercussão negativa, ele acabou perdendo o cargo na pasta. “Do fundo do coração: perdão pelo meu erro involuntário. Mas, tendo em vista o imenso mal-estar causado por esse lamentável episódio, coloquei imediatamente meu cargo à disposição do Presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo”, disse na época.

Da Redação
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