Sikêra Jr apresenta o Alerta Nacional diariamente na TV aberta (Imagem: Reprodução / RedeTV!)
A CPI da Covid tornou pública a informação de que Sikêra Jr recebeu um pagamento de R$ 120 mil do governo de Jair Bolsonaro, e esse repasse causou dúvida na população e estranheza na mídia. O apresentador se explicou e a Secom emitiu uma nota extensa sobre a novidade.
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A informação foi primeiramente divulgada pela Folha de S. Paulo, que também apontou que a verba foi destinada para artistas de reconhecimento nacional, atuando em campanhas de “utilidade pública”, ironicamente divulgando o tratamento precoce, já negado por cientistas. Esse fato fez o titular do Alerta Nacional ser citado na CPI da Covid-19.
Sikêra, em seu programa, disse que o valor é baixo, alegando que ganha R$ 500 mil mensais na RedeTV!, além das ações de publicidade: “Ganhei! E tô esperando mais. Sabe como se ganha esse dinheiro? Trabalhando honestamente. Esse dinheiro ia para a Folha, ia pra TV Globo e aí não vai mais. Passaram a distribuir para as pequenas empresas, para as pequenas emissoras. Por isso, o cachê é pequeno”.
A Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro emitiu um pronunciamento no Twitter e inicialmente desmentiu parte de informações divulgadas e deu mais detalhes do acordo:
“Os pagamentos, calculados a preço de mercado, referem-se a campanhas de conscientização sobre a Covid-19, riscos de exposição de crianças na internet e outras. O apresentador Sikêra Jr, líder de audiência, fez um trabalho de divulgação para seis campanhas ao longo de 5 meses”.
“Diferentemente do que sugere a matéria, a contratação desses serviços (via agência de publicidade) atende a critérios técnicos”, continuou a nota, listando outros atos do gênero, também criticando a Globo e negando que Sikêra Jr seja bolsonarista. No entanto, o jornalista já entrevistou o presidente em abril desse ano, além de ter recebido Eduardo e Flávio Bolsonaro.
Confira:
Matéria da Folha intitulada “Governo repassou R$ 120 mil em cachê a apresentador bolsonarista” induz leitores a erro ao tratar como “repasse” o que na verdade são pagamentos de serviços de utilidade pública prestados por vários profissionais de influência e relevância nacional.
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
03. Alguns exemplos: 892 veículos e programas foram contratados na campanha “Cuidado Precoce”; 913 na de combate ao Aedes; 1.362 na da Semana Brasil 2020. No período referido pela Folha, foram 69 ações de merchandising, com remuneração pelo uso da imagem para 12 apresentadores.
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
Por fim, cabe dizer que a Secom reduziu suas verbas de publicidade em aprox. 50% e que o Governo (órgãos diretos) tem os menores gastos em mídia da última década (conforme evidenciam os registros na imagem) – o que explica ataques de grupos de interesse. pic.twitter.com/NOgjNzSlLQ
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.