Conhecido nacionalmente após a novela A Força do Querer, da Globo, Silvero Pereira, de 38 anos, revelou que foi estuprado aos sete anos de idade, em entrevista ao programa #Provoca, da TV Cultura.
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Na ocasião, ele disse que chegou a receber ameaças por parte do abusador: “Aos sete anos de idade, eu fui estuprado. Eu fui levado para um matagal por uma pessoa muito mais de idade do que eu”.
“Ela fez coisas comigo que eu só fui entender seis ou sete anos depois. Além disso, teve a violência verbal de dizer: ‘Você é mulherzinha, a cidade vai saber se você falar sobre isso, se você contar que fui eu, eu vou te espancar'”, relembrou.
“Então, o que mais ficou em mim foi o medo. Eu não falei pra ninguém por muito tempo pelo medo. Durante a minha infância, eu tive uma questão muito séria: eu nunca entendi sobre o que era ser homem”, disse ainda.
“Na minha cidade, que era bem pequena, tinha uma mentalidade muito difícil, um coronelismo, um machismo muito forte ali naquela região. Tudo que diziam, ‘você tem que ser homem’, ‘você tem que se comportar como homem’, ‘você tem que se vestir como homem, falar como homem’, sempre bateu em mim de uma maneira muito estranha”, desabafou.
Vale lembrar que, apesar de costumar fazer papéis homossexuais, Silvero Pereira revelou recentemente que não tem problema nenhum em assumir o papel de um heterossexual.
Ele já interpretou Lunga no filme Barurau, no qual fazia um personagem com a sexualidade dúbia, mas revelou estar aberto a todos os tipos de desafios, como em Quem Matou Antuérpia Fox?, no qual faz um mafioso.
O famoso também interpreta um abusador em Bem-vinda a Quixeramobim, que será lançado em breve, e comemorou essas oportunidades
“É importante entrar nesse mercado e dizer para as pessoas: ‘olha como eu posso fazer outras coisas'”, declarou, em entrevista a Karina Karão, do canal Pheeno no YouTube.
“Não adianta me colocarem só para fazer a bichinha. Posso fazer de tudo, não só a bichinha. Eu consigo dar conta dos outros recados, é só as pessoas perderem esse preconceito. Eu já sei que sou capaz de fazer”, explicou.
“Agora quero saber se as pessoas são capazes de entender o que a gente é capaz de fazer”, completou.
