Sobrevivente de tragédia em Pernambuco faz desabafo emocionado na Globo

A tragédia por conta das chuvas no Grande Recife, em Pernambuco, acabaram  trazendo uma série de problemas os moradores do local. Por conta disso, vários programas começaram a fazer reportagens sobre esse fato. O Encontro com Fátima Bernardes, da Globo, esteve com um correspondente no local.

Desde a última quarta-feira (25), as chuvas estão acontecendo frequentemente em Olinda. Mais de 90 mortes já foram confirmadas nas áreas mais atingidas. No matinal da emissora nesta segunda-feira (30), André Curvello entrou direto de um dos locais prejudicados para mostrar a situação.

O jornalista conversou bastante com os moradores, visitou algumas casas que foram danificadas e mostrou relatos de quem acabou perdendo tudo. Maria José, uma moradora, revelou que estava tensa, mas que não tinha muito o que fazer, já que estava fazendo marmitas para as os vizinhos que ficaram sem nada.

Posteriormente, o repórter conversou com Michele, jovem que acabou de se formar como bombeiro civil. “Você já teve uma prova de fogo. Assim que aconteceram essas coisas de madrugada, que na sexta-feira por conta do temporal essas barreiras desceram, você já foi ao campo ajudar”, começou dizendo André Curvello.

Na Globo, moradora de local atingido pela chuva conta detalhes sobre o trabalho voluntário

Em conversa com a jovem Michele, André Curvello questionou sobre como estava sendo o trabalho voluntário. “Desde de seis horas do sábado, estamos eu e uma menina da minha equipe, a gente trabalhando… A gente já teve pessoas mortas nas nossas mãos, que a gente nunca teve essa cena”, começou contando.

“E eu estou em campo… A gente vem em casa, toma um banho e volta para tentar acordar. E tipo… A gente não dorme, a gente só tira um cochilo, porque o tempo todo o celular fica tocando dizendo que tem gente precisando. Já estamos com duas equipes que eu formei para vir ajudar, porque o que veio não está dando conta”, relatou Michele.

Posteriormente, a jovem contou que está revezando o sono com a irmã. “De sábado para cá, eu dormi duas hora e meia com medo”, contou. Ela ainda deu uma indireta para o governo, que não está investindo na estrutura, já que olham apenas para as festas locais. Michele também pontuou que ninguém mora perto das barreiras porque quer, mas sim por necessidade.