Sobrinha de Roberta Close, atriz trans interpretará modelo em Verdades Secretas 2

Gabrielle Gambine
Gabrielle Gambine viverá modelo em Verdades Secretas 2 (Imagem: Reprodução / Instagram)

Gabrielle Gambine, sobrinha de Roberta Close, terá a oportunidade de estrear como atriz na TV em grande estilo. Ela viverá uma modelo em Verdades Secretas 2, que já começou a ser produzida nos estúdios da Globo. A jovem viverá, assim como na vida real, uma personagem transexual.

Eu faço parte do elenco de apoio, mas está sendo desenvolvida uma personagem maior. Ela é uma modelo trans que trabalha na agência. Estou conhecendo gente genial e tendo trocas muito interessantes. Me sinto realizada”, disse em entrevista à colunista Patrícia Kogut.

Gambine destacou também a representatividade do elenco da série de Walcyr Carrasco, que contará com atores orientais e negros: “É muito legal essa diversidade no casting. Eu fico feliz por poder estar atuando enquanto artista trans. Tem vários atores trans fake, roubando nosso protagonismo. Não adianta abordar pontos de vulnerabilidade da comunidade LGBTQIA+ sem ter essas pessoas nesses papéis”.

Aos 23 anos, a artista vê na tia, irmã de seu pai, uma grande referência. Sucesso dos anos 1980, Roberta foi a primeira modelo trans a se tornar capa da revista Playboy: “Ela é um ícone da beleza e da moda. Também chegou a atuar. Sempre me inspirou muito”.

Também seguindo a carreira de modelo, Gabrielle já fez companhas publicitárias para marcas de roupa e cosmético. Ela decidiu seguir essa carreira quando tinha 17 anos:

“Eu sou estudante da Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Desde que entrei, recebi convites de amigos que trabalhavam com fotografia e artes visuais. Fui descobrindo que podia trabalhar com isso. A transição de gênero veio junto, num processo natural. Foi muito interessante. Modelar me ajudou a me entender como uma pessoa bonita”.

Já pensando no futuro, ela já pensa em conciliar a carreira de atriz com a de modelo. Um dos seus objetivos também é fugir dos rótulos que sempre são impostos a pessoas trans.

As pessoas trans são muito vistas como as primeiras a fazer determinadas coisas. Por exemplo, a primeira trans a fazer “Malhação”, a primeira médica trans etc. Me incomoda ser reduzida a isso. Sou atriz. O fato de sermos as primeiras é porque essa oportunidade ainda é muito recente. Mas com certeza não seremos as últimas”, ressaltou.

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Da RedaçãoDa Redação
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