Rolando Boldrin, apresentador do Sr. Brasil, programa que completa 15 anos na TV Cultura, não fugiu da pergunta quando questionado sobre os anos de trabalho na Globo. Sem meias palavras, o veterano disse que nunca gostou de trabalhar na Globo.
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Para ele, o fato de querer controlar o seu programa e rejeitar imposições da emissora carioca, a vontade que a atração fosse apresentada à noite e não aos domingos, e uma participação conturbada numa novela foram os principais motivos para o fim da relação, que começou em 1981, quando assumiu o comando do Som Brasil, mas que acabou três anos depois.
“Nunca gostei de trabalhar na Globo. Eu era um incômodo. Pedi as contas depois de um ano. ‘Quero ir embora!’. Me perguntaram por quê. Respondi: ‘Porque vocês me dão úlcera’. Eu era fora do padrão deles e não deixava colocarem a mão no meu programa”, contou ao UOL.
Na época, a Globo aumentou o seu salário, deu uma viagem internacional e assim conseguiu mais tempo. Mas não durou muito. De saída, Boldrin recomendou Lima Duarte para o comando da atração popular. “Nunca tive vontade de trabalhar lá nem como ator. Fiz uma participaçãozinha em uma novela e já saí brigado por causa de salário. Foi uma loucura”, recordou.
Com mais de 30 novelas no currículo, Rolando Boldrin admitiu que recusou convites, inclusive para estrelar O Rei do Gado. “Enjoei a tal ponto que a Globo me chamou feito louca para eu voltar, mas nunca quis. Benedito Ruy Barbosa confessou em entrevistas que fui o único que não quis fazer novela com ele na Globo. Rei do Gado era para eu estrelar. Ele me ligava, e eu falava que não queria nem participação especial”, confessou.
Na entrevista, o apresentador deu detalhes de uma desavença com Sérgio Reis. O sertanejo queria fazer o programa, mas sob suas condições. “Eu falei: ‘Você vai normal, com camisa esporte. Nada de xadrez, calça jeans e sapato. Ele disse: ‘Não tiro o meu chapéu nem para o Fantástico’. Falei: ‘Então você não vai cantar nunca no meu programa'”, lembrou.
Rolando aproveitou o momento e alfinetou o chamado feminejo. “De jeito nenhum. Só sei de ouvir falar. Todas elas estão vestidas de faroeste”, disse ele, que surpreendeu com uma história envolvendo Simone e Simaria e um posto de gasolina. “Perguntei quem eram e me falaram esse nome [da dupla]. Que eram duas cantoras que faziam um puta sucesso. Os músicos delas me cumprimentaram, mas elas não estavam nem aí, e eu também não as conhecia”, declarou.
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