Sucesso em “Orgulho e Paixão”, JP Rufino solta a voz no teatro; confira entrevista

Duh Secco

01/08/2018

JP Rufino concilia gravações de “Orgulho e Paixão” com musical “A Megera Domada” (Imagem: Beanca Jimenez / Divulgação)

Não fosse a idade – 15 anos – seria possível afirmar que JP Rufino já é “gente grande”. O adolescente, no ar em “Orgulho e Paixão”, demonstra confiança no que quer não só para agora, como também para o futuro: viver de sua arte.

E é em nome da arte que JP se lança em um novo desafio: atuar, cantar e dançar no musical “A Megera Domada”, dirigido por Cininha de Paula, como parte do projeto “Criança Empreendedora”. O garoto irá conciliar três personagens no teatro com o Estilingue, tipo que vive atualmente em “Orgulho e Paixão”, novela que a Globo exibe às 18h. Sobre estes projetos, e sobre o irmão Serginho (que também participa da peça), JP Rufino falou, com exclusividade, ao RD1. Confira!

RD1 – Atualmente, você atua em “Orgulho e Paixão”, ao lado de estrelas como Ary Fontoura, mais um dos grandes nomes com os quais já contracenou. Como avalia esses cinco anos de carreira na TV, de “Além do Horizonte” até aqui?

JP RufinoTer essa oportunidade é um grande aprendizado, posso dizer que estou tendo muita sorte. Tenho o costume de assistir novelas, séries antigas e já acompanhava e admirava há tempos os trabalhos de muitos destes que tenho contracenado. E é maravilhoso ter a parceria dos “grandes” em cena… Vamos dizer que você adquire uma experiência e segurança além, sabe?

RD1 – O que podemos esperar de Estilingue, seu personagem, nos próximos capítulos da novela das 18h?

JPSendo a novela uma obra aberta, tudo pode mudar a todo instante e aí precisamos aguardar as “cenas dos próximos capítulos”. E assim acontece… À medida que vamos recebendo os capítulos, vamos tendo a direção do personagem. Estilingue passou por um momento de descoberta de sua família, que sua mãe [Tenória, Polly Marinho] tem dificuldades em aceitar, o fato do pai (meu avô) tê-los abandonados… E Estilingue, como vê de outra forma, irá aos poucos mudando esta aceitação e se envolvendo bastante com seu avô.

RD1 – Você está com 15 anos e já acumula vasta experiência na profissão. Como se vê, profissionalmente falando, daqui a 20 anos?

JPSou muito grato às oportunidades que tenho tido. Espero poder continuar construindo minha história e que assim, daqui a 20 anos, tenha o orgulho de poder estar respondendo que consegui seguir e vencer, sem nenhum tipo de diferenças… Nenhum tipo de preconceito. E até mesmo ser um exemplo, uma força aqueles que pensam seguir essa carreira.

RD1 – Há um debate recorrente, e muito pertinente, sobre a abertura do mercado para atores negros. De que forma você gostaria de contribuir com esta discussão?

JPAcredito que esse tipo de debate sempre irá existir. Até mesmo por que a sociedade cultivou essa diferença, o que não entendo! Costumo dizer que “a capacidade não está na cor da sua pele”. Não somos menores, não somos diferentes, não somos incapazes. E temos sim os mesmos direitos… Devemos, sim, ter o mesmo respeito, como qualquer ser humano merece ter. Esse é o meu maior desejo… Contribuir com essa discussão, fazendo valer a minha história e mostrando que podemos, sim… VENCER!

JP Rufino, Mari Cardoso e Sérgio Rufino, do elenco de “A Megera Domada” (Imagem: Beanca Jimenez / Divulgação)

RD1 – Você foi convidado por Cininha de Paula para participar do musical “A Megera Domada”. Pode nos adiantar detalhes deste projeto?

JPRecebi o convite e fiquei muito feliz… Quando, aos nove anos, pedi para fazer teatro, foi exatamente no CN Artes (Cininha de Paula) que iniciei a minha trajetória. “A Megera Domada” é um projeto lindo; Cininha é de uma competência incrível… Aquela diretora que sabe tirar do ator tudo o que precisa e de forma que funciona, sabe? Assim como toda a equipe de profissionais envolvida. São de enorme talento! Criamos uma atmosfera deliciosa de aprendizado que vem agregando muito à minha arte. E também o olhar deles de mostrar um JP que geralmente não conhecem… Que ama o que faz de verdade e está sempre disposto a aprender mais, me proporcionando um espaço para isto. Penso que o ator deve ser um artista completo, e conseguir esse espaço, onde posso atuar, cantar, sapatear é incrível! Estamos ensaiando há alguns meses e posso garantir que amamos a forma que está sendo conduzido. Faço três personagens, os quais irei revezar: Petruchio, um recém chegado à cidade e à escola, que se julga, podemos dizer, um “galã” que acaba se apaixonando pela “megera” e que mudará a maneira de agir e pensar com essa paixão; Professor, um tanto “louco”, e, digamos, um tanto autoritário também. E o Douglas, um nerd também apaixonado e que vive com fórmulas na mente.

RD1 – Pela primeira vez, você vai contracenar com seu irmão, Serginho (foto acima). O que espera desta nova experiência pessoal e profissional?

JPPela primeira vez e posso dizer com muito orgulho. Vamos dizer que sou um tanto conselheiro e protetor. Sabe aquele irmão mais velho que ama, cuida, conversa, brinca, mas que está sempre orientando? Um pouquinho pai, diria! [risos] E sempre aprendemos em casa, que cada um é cada um, e assim tem de seguir seus próprios caminhos. Fico muito feliz em ver que ele está seguindo o caminho da arte também. Nada melhor do que ter um irmão que “fala a mesma língua” que você, né? Somos bem diferentes… Serginho é um espírito muito livre, autêntico, um tanto arteiro também e não deixa de ser ele e seguir da forma dele em nenhum momento, sabe? Eu já sou mais tranquilo, concentrado, muito “na minha”… Um pouco tímido e muito certo do que quero e faço. Somos muito parceiros, amigos e temos uma conexão muito forte. Diria uma junção que funciona e muito.

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Duh Secco

Duh Secco é  "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.