Travessia bate recorde de audiência no último capítulo, mas sai do ar com marca horrorosa
Travessia chegou ao fim assim como começou: com baixa audiência (Imagem: Reprodução / Globo)
A Globo se despediu de Travessia nesta sexta-feira (5) com a sensação de já vai tarde e dever não cumprido. A novela de Glória Perez não fisgou o público, afastou os anunciantes e se viu ofuscada pela boa Vai na Fé nas últimas semanas.
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No último capítulo, o improvável: o folhetim protagonizado por Lucy Alves, Romulo Estrela e Chay Suede bateu seu recorde de audiência com 29,3 pontos de média, 30,8 de pico e share (número de televisores ligados) de 48%, ante 4,9 da Record, 4,6 do SBT, 1,4 da Band e 0,8 da RedeTV!.
A marca é superior ao recorde anterior, alcançado no capítulo de quinta-feira (4), quando registrou 28,5 pontos. Todavia, como os dados ainda são prévios, é bem provável que a trama ganhe alguns décimos no consolidado.
Ainda assim, qualquer reajuste positivo será insuficiente para alongar os 24,2 pontos de média geral na Grande São Paulo, onde cada ponto equivale a 77 mil domicílios.
No Rio de Janeiro, praça onde a Globo costuma seduzir mais telespectadores, o desfecho alcançou 31 pontos de média com pico de 33. Aqui, cada ponto equivale a 49,5 mil domicílios.
Travessia e uma marca horrorosa
Os 24,2 pontos de média geral na região metropolitana de São Paulo dão à Travessia a vice-liderança em um ranking indigesto: o de maiores fracassos da faixa das 21h.
Com esse número, a novela de Glória Perez só supera Um Lugar ao Sol, que saiu de cena com 22,3 pontos. Antecessor direto, o remake de Pantanal fez bonito em tempos de crise: 29,6 pontos.
Travessia acabou superada também por outros títulos do horário, alguns considerados fracassos quando exibidos, a saber: Em Família (29,7), Babilônia (25,5), A Regra do Jogo (28,5), Velho Chico (29,0), A Lei do Amor (27,2) e O Sétimo Guardião (28,8).
Até as três reprises que a Globo se valeu durante a pandemia foram melhores: Fina Estampa (33,6), A Força do Querer (29,9) e Império (27,4).
João Paulo Dell Santo consome TV e a leva a sério desde que se entende por gente. Em 2009 transformou esse prazer em ofício e o exerceu em alguns sites. No RD1, já foi colunista, editor-chefe, diretor de redação e desde 2015 voltou a chefiar a equipe. Pode ser encontrado nas redes sociais através do @jpdellsanto ou pelo email [email protected].
