UFMG apura denúncias contra a ex-BBB Mara Telles, que se pronuncia

Mara Telles

Mara Telles foi a primeira eliminada do “BBB18” (Imagem: Reprodução / Globo)

A participação de Mara Teles no “BBB18” pode ter custado caro. Além de não levar o prêmio do programa, a ex-sister ganhou um processo. Professora de ciência política da UFMG, Mara está sendo processada pela instituição por ter participado do reality.

A Ouvidoria recebeu denúncias sobre quebra de dedicação exclusiva da professora Mara Telles em razão da docente ter participado do programa ‘BBB’. As denúncias recebidas pela Ouvidoria estão sendo apuradas. O processo está correndo e ainda não foi encerrado”, afirmou a Universidade, em comunicado, para a imprensa.

No Facebook, Telles falou sobre o caso e se mostrou surpresa. Além de dar seu parecer, a ex-participante compartilhou alguns trechos ditos pela UFMG.

Questiono se sua participação em um reality show que celebra a estupidez humana é condizente com o decoro e o comportamento esperados de uma funcionária pública federal e professora de uma instituição tão grande relevância no ensino, pesquisa e extensão no país como a UFMG“, dizia a citação.

Eu fui denunciada na Ouvidoria da UFMG por varias professores ditos de ‘esquerda’ por participar do BBB18. Alegam que é quebra da minha Dedicação Exclusiva, por ter recebido R$ 500 por minha participação e um valor ínfimo por cessão de Voz e Imagem durante seis meses para a Rede Globo, conforme contrato entregue à UFMG. (…) A UFMG não fez nada por mim, além de me condenar, me castigar, me punir, quando se sabe que mais da metade dos docentes não fazem metade do que eu faço e ganham uma grana babada por consultorias“, disparou a professora.

Mara participou do programa enquanto estava de férias. Visto isso, seu advogado Lucas Tavares Mourão alegou. “Foram muitas reclamações de teor moral, julgando a postura de Mara no programa, sendo que é algo de julgamento pessoal de cada um. Mas o aspecto moral não é levado em consideração agora que o processo foi aberto. O contrato de Mara com o “BBB” foi de cessão de uso de imagem e voz. E recebeu por essa licença de uso. Não há vedação legal. Não prestou um serviço à Globo e não foi remunerada por isso. Então, não há quebra de dedicação exclusiva“, explicou ao jornal Extra.

Eu fiquei impactada, tristíssima. Trabalho há 13 anos na UFMG, orientei monografias, especialização, mestrado, doutorado… Eu estudo mídia e marketing político e não acho incongruente a minha participação no programa. Entrei para levar a questão da violência contra a mulher e uma proposta de representação feminina“, disse Mara.

Da Redação
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