Um dia após o Teleton 2019, o SBT foi condenado pela 22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo a indenizar em R$ 30 mil uma mulher cadeirante, que foi excluída de um evento para o qual foi convidada.
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O motivo foi a falta de rampa de acesso da mulher ao palco para participar do Roda Roda Jequiti, forçando-a a assistir o programa da plateia, em um local desconfortável. A atitude foi considerada pelo tribunal como discriminatória.
Segundo informações da revista Consultor Jurídico, a mulher era vendedora há sete anos dos produtos Jequiti, linha de produtos de beleza de Sílvio Santos, dono do SBT, e havia sido convidada pela atração comandada hoje por Rebeca Abravanel.
O convite foi feito para que ela estivesse no programa como “consultora Jequiti”, mas foi proibida de entrar nos estúdios do SBT, já que a sua entrada não havia sido autorizada na portaria.
Por fim, quando conseguiu chegar ao auditório, teve seu acesso impossibilitado pela falta de estrutura do estúdio. Diante da situação constrangedora, foi nomeada uma procuradora para participar das atividades em seu lugar.
O nome da consultora discriminada sequer foi citado entre as vendedoras convidadas a participar do programa. Enquanto isso, o SBT alegou que segue as regras de segurança do Corpo de Bombeiros de São Paulo e da ABNT.
Segundo o canal de Silvio Santos, que promoveu neste final de semana a maratona beneficente em prol da AACD, a mulher foi avisada da impossibilidade de subir ao palco por razões de segurança.
“Com o devido respeito, as desculpas não convencem”, afirmou o relator, que deu o voto vencedor, condenando o canal.
E enfatizou: “Empresa de alto padrão no segmento televisivo teria que ter meios de propiciar às pessoas portadoras de necessidades especiais condição para participação no programa dentro de suas limitações naturais”.
