“Vivi preconceito a vida inteira”, desabafa Aline Riscado

Aline Riscado

Aline Riscado falou sobre as críticas e a vida na dança (Imagem: Reprodução / Instagram)

A dançarina Aline Riscado abriu o jogo sobre as dificuldades que enfrentou ao longo da sua vida profissional. Em entrevista à Glamour, ela revelou que sofreu preconceito por ser bailarina:

“Vivi preconceito a minha vida inteira e a gente sempre vai ser julgado por pessoas que não estão satisfeitas com a própria vida. E aí, a desperdiçam, julgando e apontando o dedo para o próximo”.

Quando eu saí do balé e comecei minha carreira artística na TV no balé do Faustão, também vivi bastante preconceito porque, infelizmente, a dança é uma das artes menos valorizadas aqui no Brasil, a expressão corporal, né?! É algo tão sutil, verdadeiro, tinha que ser muito valorizado, porque as pessoas que escolhem dançar escolhem fluir com a sua verdadeira essência“, completou.

É uma profissão que precisa de coragem para se entregar no que você realmente vibra, no que você realmente ama e essa entrega é muito gratificante. Faz tão bem a gente fazer o que realmente está a fim de fazer, independente do preconceito, do julgamento, das apontadas de dedo… A gente consegue seguir forte, firme, no nosso propósito, no nosso dom“, prosseguiu.

Aline, no entanto, deixou claro que aprendeu a lidar com os comentários:

“O preconceito sempre foi algo que eu soube lidar e passar por cima. É claro que antes eu me magoava, até por coisas que inventam de mim, por eu ser bailarina. São uns julgamentos completamente sem sentido porque as minhas amigas bailarinas eram muito mais inteligentes, muito mais corretas no sentido de princípios do que várias amigas de outras profissões. Então, hoje, com 33 anos, é uma coisa que não me abala nem um pouco porque eu sei da minha verdade, da minha força. Sei da mulher que consegue tudo o que quer quando se esforça e coloca a mão na massa, eu sei da mulher sem frescura, dedicada que eu sou. Então, preconceito é algo que não faz nem cosquinha para mim”.

Questionada pela publicação sobre o título de ‘musa’ que recebe, a ex-bailarina do Domingão confessou: “Essa pergunta é engraçada porque já sofri tanto bullying na escola e sempre fui chamada de magrela na escola, mas no fundo, no fundo, eu sempre me amei, sabe? Apesar dos julgamentos e discriminação, porque eu não era tão bonita como algumas amigas na época da escola, por exemplo, eu sempre me achei, eu sempre me amei“.

Havia brincadeiras na escola, que perguntavam se eu trocaria o meu cabelo pelo da menina bonita, pelo olho dela, mas eu nunca quis trocar. Mesmo as partes que eu não gostava do meu corpo, nunca quis trocar. E hoje, ao ter me tornado essa musa, que inspira e que muitas pessoas acham que é uma das mulheres mais bonitas do Brasil, eu gosto, né?! É claro, quem não gosta de ser elogiado?! E isso também é um mérito meu, por eu sempre ter tido essa aceitação para comigo“, prosseguiu.

Eu acredito muito nisso, sim. Mesmo quando eu não era tão bonita, me amava, me aceitava e o universo e o divino acabaram se transformando em algo lindo e poderoso, sabe? Então, eu sou grata pelos elogios, sou grata pelas pessoas me verem com essa beleza, porém isso não faz com que eu me ache melhor do que alguém. É muito importante a gente ter o pé no chão. Não faz o menor sentido, porque a partir do momento que você acha que é melhor do que alguém, porque você é mais bonito fisicamente, ou porque você é mais isso ou aquilo, já vai cair por água abaixo“, comentou, finalizando:

“Então, o mais importante de tudo é a gente estar sempre conectado com a nossa essência, que é algo muito maior do que qualquer beleza física, que qualquer dom, do que qualquer coisa que você faça bem. Quando você se conecta com a sua essência e se ama do jeito que é, a gente acaba brilhando mais, né?! E esse brilho se transforma tão bem em beleza física. Então, acho que é mais por aí. Eu gosto de ser essa pessoa que as pessoas admiram, porque eu sei que isso é muito mais que uma beleza física. Sei que isso é um trabalho de aceitação, e, de conexão e de um brilho que vem de dentro pra fora”.

Da Redação
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