Vladimir Brichta revela o que pensa sobre escalar atores por número de seguidores

Vladimir Brichta

Vladimir Brichta abriu o jogo e disse o que acha do assunto (Imagem: Estevam Avellar / Globo)

Vladimir Brichta soltou o verbo e revelou o que pensa a respeito da exigência por parte de produtoras. Algumas empresas selecionam os atores para os projetos a depender do número de seguidores no Instagram.

Sem perfil na rede social, o global alfinetou a situação em entrevista ao podcast Novela das 9, do Gshow, onde ainda esclareceu que a fama na internet não garante um trabalho artístico de excelência:

“O meu filho Vicente (do casamento com a atriz Adriana Esteves), quando pequeno (hoje ele tem 15 anos), gostava de um youtuber. E esse youtuber fez uma peça de teatro que circulava o país com muito sucesso. Eu e a Adriana levamos ele, e ele ficou super emocionado de assistir”.

“Mas a peça de teatro não era boa, e o youtuber não era ator. Ele era um rapaz que se comunicava bem com aqueles jovens. Não era bom, no entanto era lotado. Eu tenho certeza de que ele fez muito dinheiro com aquilo”, contou.

“Então, isso é um bom exemplo pra dizer: se você tem um engajamento grande, você até pode fazer uma temporada de muito sucesso e lotar casas de shows Brasil afora. Mas, primeiro: isso não faz de você um ator”, seguiu.

“E, segundo: isso não faz uma carreira. Quando a gente fala de uma carreira, a gente está pensando a longo prazo. E a longo prazo a gente não sobrevive se não tiver as ferramentas corretas”, completou.

Vladimir Brichta solta o verbo sobre situação

Para o artista, engajamento funciona apenas para lotar uma casa de festas. “Se você quiser fazer uma novela de 160 capítulos, pode até pegar aquela pessoa de 100 milhões de seguidores. No primeiro dia que ela aparecer na novela, talvez bata recorde de audiência. Mas não vai continuar dando recorde ao longo de 160 capítulos“, disse.

“O único jeito dessa novela ter uma audiência boa é se tiver uma série de talentos envolvidos com aquilo: atores, diretores, cenógrafos, figurinistas… Carreira é a longo prazo. Se esse cara não tiver embasamento e domínio sobre aquilo, não vai durar”, comentou ainda, concluindo:

“Ou seja, é uma burrice escalar alguém pra fazer uma peça de teatro, uma novela ou um filme porque aquela pessoa tem muitos seguidores. Agora, se você quiser fazer uma turnê em casa de shows em cidades diferentes, aquela pessoa que tem muitos seguidores talvez seja uma boa escolha, porque ela vai mobilizar muita gente”.

“É uma boa escolha se você quiser fazer dinheiro. Agora, o resultado artístico talvez não seja o que você espera. Aí você está fazendo uma escolha financeira, estamos falando de dinheiro”, finalizou.

Da Redação
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