William Bonner desabafou sobre as fakes news e também a situação do seu filho, Vinicius, que foi vítima de hackers. Na semana passada, o jornalista descobriu que utilizaram do CPF do jovem para sacar o auxílio emergencial do governo.
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O apresentador do Jornal Nacional, da Globo, foi informado que um jornal do Rio preparava reportagem sobre o assunto e, por meio de advogados, mostrou ao veículo as provas de que era um golpe. Em seguida, ele alertou a Caixa Federal para não fazer o pagamento.
“Tive apenas o objetivo de apresentar uma denúncia, mas coisas estranhas aconteceram. Circularam, ainda, pela internet, vídeos que o acusavam de ter feito o pedido e recebido. Tinha gente chamando meu filho de cafajeste. Era uma coisa que transbordava um ódio. E me questionavam: ‘Não vai fazer nada? Vai ficar quietinho?’ Mas isso não faz sentido, fui eu quem denunciei”, desabafou ele.
Mesmo com o relato dele nas redes sociais, após o caso, William Bonner revelou que ainda assim o filho começou a receber insultos. O âncora, então, contou que começaram a acontecer “coisas estranhas”.
“Circularam vídeos que o acusavam de ter feito o pedido e recebido. E cobravam isso do pai e da mãe. De William e de Fátima. E dele”, disse o famoso, durante a entrevista ao Conversa com Bial.
Para o jornalista, o material estava pronto para ser divulgado nas redes sociais antes mesmo de ele fazer o desabafo. “Quem em meio a uma pandemia, com milhares de mortes, teria a ideia, do nada, de entrar no site do Ministério da Cidadania ou do Dataprev e verificar se o filho do William Bonner tentou se inscrever para receber os R$ 600?“, questionou.
“Esse é o tempo que estamos vivendo hoje, mas vamos em frente”, destacou Bonner, que garantiu que sofreu uma forma de intimidação. Visivelmente emocionado, ele falou que a polarização política faz com que ele evite frequentar lugares públicos desde as eleições presidenciais de 2018 para evitar ataques e agressões verbais.
“Polarização chegou a um ponto em que minha presença em determinados locais públicos era motivadora de tensões. (Teve uma vez) Era uma manhã de sábado, no Rio, fui a uma padaria na Lagoa (Zona Sul da cidade) e uma mulher bêbada, às 10h da manhã, começou a me atacar“, revelou.
“Não só me insultava, como fazia a 1,5m de distância do meu rosto. E eu não posso reagir. Apenas dizia: ‘Não faça isso, não faça’. E as pessoas ao redor num constrangimento. E eu me sentia culpado por isso. Todos a volta só queriam tomar um café da manhã. Não queria tornar o dia de ninguém ruim”, relembrou o jornalista.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]