William Bonner foi o destaque do Jornal Nacional da última segunda-feira (4) por sua aparente irritação para com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), responsável por um ataque desmedido contra a jornalista Miriam Leitão.
VEJA ESSA
Em uma postagem em uma rede social, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) debochou da tortura sofrida pela comentarista do Grupo Globo durante a ditadura militar.
Em uma matéria sobre o pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro por parte de vários partidos políticos, como PT, Rede e PSOL, a Globo deixou claro o tamanho da encrenca que Eduardo arranjou meses antes do início das eleições.
“O parlamentar representado deixa mais uma vez evidenciado o seu caráter misógino e machista. A violência política é calcada no menosprezo, discriminação e inferiorização do feminino, e objetiva impedir, anular ou obstaculizar o exercício dos direitos políticos ou profissional das mulheres, comprometendo a participação igualitária em diversas instâncias da sociedade”, expôs a união dos partidos na representação.
William Bonner lê carta da Globo contra Eduardo
William Bonner completou a reportagem com uma nota da Globo, que definiu a ação do filho do presidente como “repugnante, ofensiva e inaceitável”.
“Foi repugnante, ofensiva e absolutamente inaceitável a manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro que fez referência à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, durante a ditadura militar”, iniciou.
A Globo ressaltou que o ataque de Eduardo Bolsonaro foi motivado por uma crítica de Miriam Leitão contra Jair Bolsonaro:
“Em post publicado numa rede social, contestando uma crítica feita por Miriam ao presidente Jair Bolsonaro – ela o chamara de ‘inimigo confesso da democracia’ -, Eduardo Bolsonaro zombou de um dos episódios mais dramáticos e cruéis da vida dela: a tortura a que foi submetida nos porões da ditadura enquanto estava grávida”.
“A manifestação do deputado deve ser repudiada com toda a veemência. É incompatível não apenas com o que se espera de um detentor de mandato popular, mas sobretudo com a decência e o respeito humanos”, argumentou.
“Merece, além do repúdio firme, providências das instituições obrigadas constitucionalmente a zelar pelo Estado de Direito”, defendeu William Bonner em nome da Globo.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].