Programa humorístico da Globo, o Zorra fez uma sátira que envolvia uma piada com os profissionais de Contabilidade e acabou fazendo com que a emissora fosse repudiada.
VEJA ESSA
Isso porque o Conselho Federal de Contabilidade emitiu uma nota de advertência ao canal pela fala do personagem César Lobatto, que interpretava um Contador.
Na esquete, que mostrava pessoas “que nunca ganharam nada na vida”, ele acabou recebendo o troféu “Nem Fede Nem Cheira”, ironizando a profissão.
Para completar, ele ainda agradeceu aos pais, dizendo “que eles nunca esperaram nada dele”. A fala foi tida como uma afronta em forma de deboche aos contadores em geral.
Foi apontado desrespeito por parte da Globo contra os profissionais em questão, depreciando a imagem de toda uma classe de trabalhadores.
Confira a nota na íntegra:
O Conselho Federal de Contabilidade vem a público externar repúdio ao programa Zorra Total, da TV Globo, exibido no último sábado (7), que, de forma desrespeitosa e debochada, depreciou a imagem do Profissional da Contabilidade, no episódio “Prêmio Nem fede e Nem cheira”.
Aliás, a Rede Globo de Televisão, em outras oportunidades, em suas telenovelas ou minisséries, já apresentou cenas envolvendo a figura do Contador de forma depreciativa e, inobstante as manifestações do CFC e de outros órgãos da classe, permanece com essa prática de vilipendiar o Profissional da Contabilidade.
Lamentamos que uma empresa de comunicação de massa, que opera mediante concessão do Poder Público, utilize essa autorização estatal para difamar profissionais que detêm a confiança da sociedade por agir no interesse público e por exercerem sua função com zelo, diligência, honestidade, seriedade, integridade e competência em todo o País.
A própria Rede Globo possui em seus quadros diversos contadores trabalhando para a empresa e, portanto, deveria se envergonhar de difundir tais estereótipos de seus próprios funcionários.
Em “Princípios e Valores da TV Globo no Vídeo”, disponível em seu sítio na internet, a TV Globo afirma que tem por compromisso valorizar o Brasil e seus talentos, sua origem e cultura – principais fontes de inspiração para os conteúdos que ela pesquisa, cria, produz e exibe.
Entretanto, a prática que vemos em sua programação não nos parece estar alinhada com esses princípios. Exemplo disso está estampado na edição do programa referido, que desrespeitou uma classe contábil de mais de 520 mil profissionais, que existe no Brasil e no mundo há mais de um século, quando a TV Globo sequer pensava em existir.
Lamentamos que a Direção dessa empresa não tenha o devido zelo e acurácia na seleção e na contratação daqueles que fazem ou dirigem seus programas e permita que sejam produzidas peças de vídeo de tão baixa qualidade artística e nenhuma preocupação com os princípios e valores que propaga e os que regem a sua atividade empresarial.
Conselho Federal de Contabilidade
Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.