Homero Salles conversou com Geraldo Luís sobre a vida como amigo e companheiro de trabalho de Gugu Liberato. O diretor e produtor falou abertamente sobre o apresentador, morto em novembro de 2019 após um acidente doméstico em Orlando, nos Estados Unidos, e deu detalhes da primeira vez que encontrou o famoso.
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Ele contou sobre o tempo em que esteve com o comunicador. “Acredito que, se ele estivesse vivo, a gente estaria completando quase 45 anos juntos. Eu conheci o Gugu em 1977, quando as produções do Silvio Santos eram três sobradinhos na rua Cotoxó e um teatro em frente que era o Teatro Manoel da Nóbrega”, recordou.
O diretor revelou que o futuro apresentador do Domingo Legal tinha saído da empresa, então TVS: “O Gugu tinha saído para fazer uma faculdade de odontologia, e ele não gostou. Falou que a primeira vez que ele teve que operar dente de verdade falou: ‘Não é para mim’. Voltou para a televisão”.
No primeiro encontro, uma simples mesa marcou a amizade dos dois. “Eu te falei que eram sobradinhos, então nós ocupávamos quartos desses sobradinhos. As produções eram nos quartos. Eu fazia o Cidade Contra Cidade e ele veio para fazer. Nós tínhamos mesas muito grandes, de tampo de vidro, acho que até era uma permuta do Silvio”, brincou.
O diretor de produção chamou Salles e disse que o então funcionário voltaria e dividiria o mesmo espaço. “Você imagina como eu fiquei feliz. Aí, apareceu um loirinho, garoto de tudo, voz fanhosa. Ele tinha uma dicção perfeita, mas a voz não era a que vocês conhecem. Eu tive que dividir a mesa, então o que eu fiz, Geraldo: fiz uma cerquinha de clips e falei: ‘Olha, garoto… Vamos combinar o seguinte? Metade é sua e metade é minha. Se passar algum papel dessa cerquinha para cá eu vou jogar no lixo, tá bom?’. E foi esse o primeiro contato”.
Segundo Homero, o ex-braço direito de Silvio Santos nos estúdios tinha o espírito de produtor: “A percepção dele de audiência, da linguagem do povo era bem maior que a minha. Ele tinha essa sensibilidade. Ele participava arregaçando a manga”.
“Gugu participou em todos os quadros. Da criação de todos os quadros. Acho que pela mente dele de produtor, era muito engraçado porque ele nunca ficou quieto. Ele atirava em várias direções e tinha essa veia empresarial desde pequeno”, elogiou.
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Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].