Emilio Dantas está no ar na série Todas As Mulheres do Mundo, do Globoplay, que teve seu último episódio disponibilizado nesta terça-feira (20). Na trama, ele interpreta o protagonista Paulo, um arquiteto morador de Copacabana que, depois de trair e romper com a namorada Maria Alice (Sophie Charlotte), se relaciona com uma mulher diferente em cada um dos doze episódios.
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Durante entrevista ao colunista Zean Bravo, o ator foi sincero ao revelar qual foi a maior dificuldade para viver o personagem:
“O maior desafio foi prático. Ele se relaciona com uma mulher diferente a cada episódio. Eu não tive tempo para debater com as atrizes que fizeram as participações, apesar de elas terem sido muito solícitas e corajosas. Todas as cenas de sexo foram engraçadas e constrangedoras. Era muito engraçado gravar usando só uma meia. E não era no pé”, entregou o ator, aos risos, ao comentar sobre o tapa-sexo improvisado.
A obra escrita por Jorge Furtado e Janaína Fischer é uma inspiração do filme de Domingos Oliveira, lançado em 1966. Inclusive o título permaneceu o mesmo usado pelo cineasta.
O comportamento do personagem virou polêmica na internet, até mesmo sendo apontado como machista. Sobre as afirmações que circularam na web, Emilio pontuou: “A série abriu um espaço para essa reflexão. Gosto de poder subverter e trazer mesmo um debate. Existe um machismo estrutural no Paulo, e ele mesmo não se dá conta . Hoje em dia tudo é muito delicado. O caminho é evoluir e não ficar parado. Mas muita gente não vê e já vem falar que odeia”.
Ao falar sobre as criticas sobre a necessidade de ter, mais uma vez, um homem dizendo o que pensa sobre as mulheres, o artista destacou:
“Eu concordo plenamente, a gente estava até brincando outro dia que, para uma segunda temporada, a Laura [amiga de Paulo, interpretada por Martha Nowill] poderia ser a protagonista, acho que aí a coisa andaria bonito. No meu entender, é o seguinte: na arte, a gente sempre precisa movimentar o que está parado. Uma mulher como protagonista seria apenas um regozijo do que a gente já conhece que é essa evolução, esse descomplicamento feminino, essa segurança que as personagens da série trazem. Acho que é mais importante rever os conceitos masculinos do que simplesmente inverter os papéis”.
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