Desde o final de maio, Cristina Pereira pode relembrar Fedora Abdala Raposo, de Sassaricando (1987). O folhetim de Silvio Abreu está disponível no Globoplay, fazendo parte da série de clássicos da teledramaturgia que estão sendo incluídos no catálogo do serviço de streaming.
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“Ela era uma mocinha rebelde e louca, autoritária e sexy (risos). Totalmente o meu oposto… Era uma delícia dar vida a Fedora”, comentou a artista, em entrevista ao jornal Extra.
Na época da exibição da novela, a paulistana precisou rodar boa parte do Rio de Janeiro, após o sucesso da personagem:
“O casal Fedora e Leozinho fez tanto sucesso, que ainda durante a novela eu e Diogo Vilela fomos convidados a integrar o TV Pirata. A gente gravava Sassaricando no Jardim Botânico, saía com os figurinos dos personagens numa Kombi da Globo até a Barra, para fazer o humorístico, e depois eu ainda seguia para o Centro para fazer uma peça no Teatro Dulcina. Às vezes, também precisava retornar ao Teatro Fênix, na Zona Sul, para as últimas cenas de Fedora. Era uma correria muito boa, eu fazia tudo com muito prazer”.
Ao longo da carreira, a maioria das suas personagens era cômica. Em 51 anos de trajetória, o primeiro papel na Globo, em Elas por Elas, e o atual, em Salve-se Quem Puder, onde vive Lúcia, são exceções.
Quando viveu Yeda, na trama de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982, Cristina passou por experiências um tanto desagradáveis junto ao público.
“Ela era a feia e rica, que levava um golpe do baú do galã, feito pelo Reginaldo Faria. Eu, recém-casada (com o ator e diretor Rafael Ponzi, de quem se separou em 1994), ia levar minha filhinha à natação, e gritavam: “Olha lá, a mulher feia da novela!”. Era horrível! Hoje em dia, eu não passaria por esse bullying. Primeiro, porque não se confunde mais ator com personagem. Depois, porque o conceito estético mudou muito. As pessoas aprenderam a valorizar os diversos tipos de beleza”, confidenciou.
A artista destacou ainda que vê com bons olhos a sua melhor idade: “Não brigo com o envelhecimento, gosto de ser uma senhora. Só me irrito quando me tratam como uma boba, usando palavras no diminutivo. E se explicam a mesma coisa óbvia várias vezes, como se velho não entendesse nada”.
Ao falar sobre a fase da pandemia da Covid-19, Cristina Pereira enfatizou que “dá um aperto no peito ver tantas vidas perdidas, sem necessidade. Nessa pandemia, eu emagreci muito, a ponto de a figurinista da Globo ter que prender minhas roupas com alfinetes, no retorno às gravações. Mudei hábitos alimentares, sim, mas a tristeza influenciou muito nesse processo de perda de peso”.
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