Fátima Bernardes recebeu a MC Soffia no Encontro, da Globo, nesta sexta-feira (28), e ficou surpresa com o discurso sobre representatividade da convidada. A rapper falou sobre o movimento negro e a importância de meninas se verem representadas.
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“A gente está nesse movimento há anos, nós estamos sempre tentando trazer as meninas, e quanto mais cedo, melhor. Por nós vivermos em uma sociedade racista que está estruturada, pode ser que, por mais que tenha nosso movimento, sempre vai ter aquela menina que não vai se aceitar. Isso infelizmente faz parte da nossa vivência como pessoas pretas”, desabafou a cantora.
O comentário dela foi feito após o programa lembrar da primeira participação dela. Ela reforçou que canta sobre representatividade nas próprias músicas e que Negra Li, que também estava no Encontro, foi uma de suas inspirações.
“Eu vejo a diferença de a gente ter a internet, a gente consegue se comunicar, se olhar e se ver representadas. […] A gente está tendo mais referências, e que cada vez tenha mais, porque essa luta continua”, seguiu ela.
A MC Soffia, então, finalizou o discurso falando do projeto Ocupa Preteenha e deixou Fátima Bernardes encantada e sem palavras, literalmente. “O que vou dizer depois disso?”, questionou a apresentadora, encerrando o assunto.
Temos que falar sempre sobre representatividade! #Encontro pic.twitter.com/7k0GkllqIB
— TV Globo em ? (@tvglobo) May 28, 2021
Recentemente, a famosa cobrou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao vivo, durante a cobertura da morte do ator Paulo Gustavo (1978-2021). A apresentadora deu um sermão sobre a falta de distribuição de máscaras aos mais pobres e detonou as aglomerações.
Durante o quadro Bem Estar, a jornalista mandou um recado direto para aqueles que se emocionaram com a morte de Paulo Gustavo, vítima da Covid-19, mas que foram responsáveis por aglomerações em festas clandestinas, nas ruas ou que saiu de casa sem máscaras:
“Não adianta hoje você estar chorando pelo Paulo Gustavo, pela morte de pessoas queridas, e você vai para a rua sem máscara, e você vai para a rua aglomerar desnecessariamente. Não estamos falando do trabalhador no ônibus, nem no trem, estamos falando das pessoas que estão fazendo festas, festas clandestinas. Isso é um absurdo. Isso é crime. Você está colaborando para esse número subir”.
“Pelo amor de Deus, o que falta acontecer?”, questionou Fátima Bernardes. “O que falta acontecer para que você saia de casa de máscara. Com duas se possível for. O que falta também para esse país distribuir máscara para as pessoas que não tem condição de comprar. Não tem vacina? Então que se distribua máscara!”, exigiu.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]