Tico Santa Cruz é conhecido por seu talento e também é lembrado por suas tatuagens incontáveis, que ocupam 90% dos seu corpo. O artista confirmou que sofre preconceito por causa disso e relembrou uma história chocante de discriminação que sofreu no exterior.
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Em entrevista à Quem, o cantor citou tatuagens marcantes e recentes, e explicou o que os desenhos espalhados pelo corpo representam para ele:
“Tenho 90% do corpo tatuado e as tatuagens refletem o que sou por dentro. Uma vez li que as tatuagens são cicatrizes que a gente escolhe. É isso mesmo, elas representam as cicatrizes que consegui na vida. A do SUS é uma homenagem a esse sistema que mesmo sem os recursos necessários tem salvado muitas vidas”.
Tico até tem uma legião de fãs no Brasil e a oportunidade de conseguir se expressar sem uma represália tão forte assim, mas destaca alguns constrangimentos que vive:
“Eu sou branco, de classe média alta, do meio artístico… Então, aqui no Brasil esse preconceito que existe em relação as tatuagens não me afeta. Mas ele existe. Se for todo tatuado então vai sofrer mais ainda. Eu posso fazer isso, mas sei que muita gente não pode porque vai ser marginalizado, dificilmente vai arranjar emprego… Mas quando saio do Brasil não tenho esse privilégio”.
O roqueiro passou por situações ainda mais delicadas em outros países, em que ele inclusive é impedido de entrar nos lugares por causa de sua aparência:
“No Japão já fui proibido de entrar em um parque aquático e eu nem tinha ainda o rosto tatuado. Imagina agora! Em todos os lugares sempre sou parado na alfândega. Nos Estados Unidos, já fiquei esperando uma hora e meia na imigração para ser avaliado. Minha mulher, que não tem tatuagem, passou, mas eu fiquei lá”.
Por fim, Tico Santa Cruz relatou como ele se livrou desse aperto no aeroporto americano e surpreendeu ao contar que até foi tietado pelo agente aéreo:
“Falei que era músico e me perguntaram se eu era de gangue, o que estava fazendo lá… Expliquei que era músico de uma banda famosa no Brasil e o agente disse que ia procurar no Google. Ele acabou vendo um vídeo bem do Detonautas se apresentando para 100 mil pessoas no Rock in Rio. No final, me pediu autógrafo e me liberou. Fui salvo pela música”.
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