Paulo Vieira fala sobre triste histórico familiar e apego às suas raízes no Tocantins

Paulo Vieira

Paulo Vieira relembra difícil história familiar (Imagem: Reprodução / Instagram)

Paulo Vieira pode alcançar o sucesso que for, mas, ao que parece, suas raízes em Palmas, no Tocantins, estão bem firmadas e é para este lugar que ele sempre vai voltar. O rapaz iniciou os estudos de teatro aos 12 anos e quatro anos depois conquistou espaço no espetáculo Comédia em Pé. Foi quando as primeiras chances profissionais em São Paulo começaram a surgir.

O meu texto é basicamente o texto de hoje. Não sou do tipo de comediante que faz um solo por ano. Meu solo demorou dez anos para ficar pronto. E não estou falando isso como ‘Ai, é um trabalho de artesão mesmo. Que eu sou muito ourives da palavra’. Eu acho que stand up é uma confissão. Eu vou trabalhando o meu stand up conforme a minha necessidade de me expor e conforme o que preciso trabalhar na minha vida. Nesse stand up agora eu trabalho a relação que eu tenho com a minha família“, disse em entrevista a Patrícia Kogut.

Ele, que também é roteirista, revelou que algumas das piadas são muito doidas. “Vou queimar aqui a final do meu stand up. Tudo bem. Depois vocês vão ver e fingir que nunca viram. Termino dizendo que minha mãe, uns anos atrás, me contou que tinha tentado me abortar. Ela chegou para mim e falou: ‘Quando eu descobri que estava grávida de você, eu tomei remédio para te abortar’. E eu conto isso na final do meu stand up“, disparou.

A ligação com a sua terra é forte. Atualmente, ele investiu no quintal dos pais e faz questão de prestigiar o lugar onde nasceu.

Eu não tive uma mudança de lifestyle, a não ser falar lifestyle porque é uma coisa que eu não faria dez anos atrás… Não tive uma mudança. Minha casa hoje é a casa que sempre tive em palmas. É uma casa ferrada: não tem reboco, tem goteira. Todo agosto a gente fica rezando para as telhas não irem embora. A cerca ainda é a que Pablo e meu pai fizeram. Agora estou construindo a casa dos meus pais. Fiz uma piscina e tudo mais… Mas eu vou para o Tocantins e sou o cara daquela casa, daquilo ali. Minha realidade não mudou“, afirmou.

Quando o acusam de não ter contato com a classe C por ter ficado rico, ele discorda: “Não é que minha família é pobre. Ela é miserável. Até eu arrumar dente de todo parente que tenho para arrumar, o dinheiro acabou. Não sei se vou ter dinheiro nessa vida para arrumar o dente de todo mundo, para dar perna para todo mundo. Esses dias começou a cortação de pé. A diabetes está levando tudo

Por fim, ele detalha sua rotina em São Paulo, onde tem todos os privilégios de um artista global de destaque. “Minha vida é uma festa. Na Globo, então… Eu moro em hotel, aí vou gravar… Falo ‘oi’ para a Paolla Oliveira como se fosse uma prima minha, como se fosse de igual para igual. Mas eu sinto que essa não é a minha vida. Não sinto como se eu fosse um playboy. ‘Imagina, estou na Globo’. Não. Não é assim. Acho que quando eu estiver nessa casa nova, sentado numa poltrona mole de Sergio Rodrigues, talvez eu sinto que minha vida mudou“, opinou.

Da Redação
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