Ingrid Guimarães é um verdadeiro sucesso no cinema nacional e prepara o filme Minha Irmã e Eu, que passa uma mensagem empoderadora. Em entrevista à Marie Claire, no Power Trip Summit, a atriz refletiu sobre sua carreira e as discriminações que sofreu ao longo dos anos.
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O novo longa tem a participação de Tatá Werneck e Ingrid já avisa o que os espectadores podem esperar: “Vamos dividir o protagonismo. É um filme sobre optar por não competir”.
A artista afirmou que desde o início da carreira foi discriminada por ser mulher e por não se encaixar em padrões de beleza problemáticos, só sobrando papéis menores para ela
“Sou de uma geração que as mulheres tinham que ser lindas para serem protagonistas, tinham que fazer parte das turmas certas. Eu via comerciais e pensava que nunca ia poder fazer um”, pontuou a também produtora.
Ingrid também deixou claro que não era a única a sofrer com essa sina: “As mulheres comediantes não eram protagonistas, ocupavam papéis menores. Elas serviam o café, faziam a amiga doida da protagonista ou eram as feias. Não tinha espaço”.
“Como conquistamos espaços? Com o pé na porta. Uma mulher chegou e abriu a porta”, afirmou a atriz, sobre sua iniciativa. Depois, ela citou a negação a personagens esterotipados, antes do sucesso com Cócegas, com Heloísa Périssé, no teatro: “Eu fui chamada para fazer a baranga no programa do Didi Mocó, e eu pensei: ‘Não quero mais fazer isso’”.
Outra mudança notada por Ingrid Guimarães, hoje com 49 anos, foi ter conseguido visibilidade dentro do mercado publicitário: “Aos 20, 30 anos, eu não fazia publicidade. Hoje, vejo muito mais produto do que antes. O mercado mudou (…) Eu jamais seria capa de revista 20 anos atrás. Mas hoje a mulher quer se ver”.
“Até pouco tempo atrás, a mulher sexy não era a engraçada. O humor é um mundo muito machista. Para mudar, você tem que colocar as mulheres escrevendo”, continuou a entrevistada, que por sinal quase ficou com o papel de Valdirene, na novela Amor à Vida (2013), que acabou indo para Werneck.
Por fim, Ingrid lembrou do filme De Pernas Pro Ar — em suas sequências — e valorizou a importância e riqueza cultural do humor: “É como se rir fosse algo menor, como se fosse fácil (…) Um filme que botou uma mulher mais velha gozando. Muitas das coisas que eu fiz hoje não poderia fazer mais”.
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