Dois dias antes da demissão de Adrilles Jorge, a Jovem Pan rompeu o acordo com Bruna Torlay. A decisão foi tomada na última segunda-feira (7) semanas depois que a analista de política acusou agentes da Receita Federal de corrupção.
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No dia 22 de dezembro de 2021, o programa 3 em 1 discutia sobre o pedido de demissão coletiva de agentes da Receita Federal após a falta de reajuste salarial, ao mesmo tempo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia concedido aumento para agentes da Polícia Federal.
Apresentador do programa, Paulo Mathias perguntou: “É só o setor público que vive nesse planeta mágico e encantador em ano de pandemia, discutindo um bilhão pra cá, um bilhão pra lá, Bruna?”.
Torlay atacou: “Paulo, que observação pertinente, porque é esse o mundo que a gente tem que ver. A gente ainda tem que comentar o orgulho ferido dos auditores da Receita Federal, sendo que a Receita é aquela que apresentou esse ano a pior proposta de reforma tributária que a gente poderia ter tido no Brasil”.
Na sequência, Bruna argumentou que “muitas vezes a malha fina é usada como pretexto para corrupção”.
“Reforma tributária com a cara do pessoal da Receita Federal. Ainda bem que não foi aprovada lá. Ela nada mais foi do que um malabarismo para manter a arrecadação. A Receita Federal tá preocupada com isso”, declarou.
“Muitos agentes da Receita, quando a pessoa cai na malha fina, eles ficam esperando a pessoa trazer um ‘presente’ para eles fingirem que não viram aquela sonegação. É assim que funciona a Receita Federal. Então, os auditores deveriam estar mais preocupados com a instituição em que eles atuam do que ficarem ofendidos que uma categoria ia receber aumento e a outra não”, disparou.
Processo contra ex-comentarista da Jovem Pan
A fala de Torlay ganhou desdobramentos um mês depois. No dia 26 de janeiro, segundo o Notícias da TV, a juíza Luciana Piovesan, da 27ª Vara Criminal da Barra Funda, definiu um prazo de dez dias para a apresentação de explicações por parte da ré.
O processo foi aberto pelo Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditres Fiscais da Receita Federal do Brasil) e Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).
Advogado do sindicato e da associação, Odel Mikael Jean Antun justificou que se trata de uma “ação preparatória para futura ação penal condenatória por crimes contra a honra, que poderá ser interposta caso ela não se explique satisfatoriamente”.
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