Dedé Santana, de 86 anos, relatou que sofreu duras consequências no meio artístico por ter se posicionado a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). O humorista comentou que alguns de seus colegas pararam de falar com ele. O famoso preferiu não citar nomes.
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“Muita gente parou de falar comigo desde que defendi ele, gente que prefiro nem citar nomes. Eu conheci um cara com nome de Capitão, morava perto do condomínio dele no Rio, e sempre o tratei assim, de Capitão. Até que aconteceu aquela facada durante a eleição e percebi que ‘capitão’ era candidato à Presidência. Fui lá prestar solidariedade”, disse à Veja.
Dedé Santana, então, garantiu: “Nem sabia que era político! Falei: ‘Quero que seja meu presidente!’. E não me arrependo disso”. Ele ainda aproveitou e disse que atualmente está mais difícil fazer humor no Brasil por causa do “politicamente correto”.
“Está complicado [fazer humor] por causa do politicamente correto, não se pode falar mais nada, que vira um problema. Em Os Trapalhões dos anos 80 e 90, não tinha maldade. Eu entrava em cena e falava pro Mussum: ‘Ô negão!’. Ele respondia: ‘Negão é seu passadis!’. E todo mundo ria. Me chamavam de ‘rapaz alegre’ e eu não via maldade. Hoje em dia é tudo complicado”, declarou.
O famoso ainda foi questionado sobre os seus ídolos do humor atualmente e sinalizou que são Tatá Werneck e Paulo Gustavo, vítima da Covid-19. O integrante de Os Trapalhões os classificou como “comediantes fora do sério”.
Dedé Santana afirma que Globo o demitiu de forma “covarde”
Em dezembro passado, o artista voltou a lembrar sobre como a Globo comunicou a sua demissão. O famoso disse que a forma como tudo aconteceu foi “covarde” e bastante diferente dos métodos adotados pela emissora carioca quando está em fase de contratação.
Ao site da Heloisa Tolipan, o humorista ressaltou que, na hora de demonstrar interesse para contratar, a Globo convida para almoçar. Na hora da demissão, porém, ele recebeu “um telegrama” mandando-o até a sede da empresa, pois seria desligado.
“Eu fui um dos primeiros que eles dispensaram e de uma maneira feia. Foi covarde, porque para contratar eles te chamam, conversam, levam para almoçar. Agora, na hora de mandar embora… Eu recebi um telegrama no dia 23 de dezembro dizendo para ir lá que eu estava fora. Você imagina o Natal que eu passei”, disparou.
O artista seguiu: “A Globo fez muito pelos ‘Trapalhões’, mas nós também fizemos muito pela Globo, nós demos o sangue lá dentro e na época eles foram muito legais. Mas a maneira que fizeram comigo foi muito covarde. O Boni [José Bonifácio de Oliveira Sobrinho] faz falta”.
“Eles podiam ter me segurado, falado: ‘Olha, vamos diminuir o salário’. Meu salário nunca foi milionário, que eu nunca fiz muita questão. Eu faço mais questão de ver o que eu vou fazer do que o que vou ganhar. Se eu gostar do projeto, não olho o salário”, completou Dedé Santana.
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