Reynaldo Gianecchini abriu o jogo ao falar do tema delicado que seu personagem vive na série Bom Dia, Verônica, da Netflix.
VEJA ESSA
Intérprete de Matias, um líder religioso, o rapaz comete diversos crimes, entre eles abusar sexualmente da própria filha, vivida por Klara Castanho.
Vítima de abuso sexual na vida real, a atriz teve todo amparo da plataforma de streaming para participar das cenas, apesar das filmagens terem acontecido antes do episódio.
O ator, então, explicou à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, que as sequências entre os dois foram apenas sugestivas e nada mais que isso:
“É um assunto delicado. Tenho muito respeito pela privacidade da Klara e não tenho nada para falar sobre essa questão da vida particular dela. Agora, é uma grande atriz, ficamos sensibilizados porque estamos fazendo uma série de abuso e, de repente, surge essa história”.
“Eu acho que serve para potencializar esse discurso de alerta. Essa série foi feita quando a gente nem imaginava que podia ter esse percalço. Agora é seguir com toda essa discussão importante“, explicou.
Reynaldo Gianecchini fala sobre temas polêmicos
Para o artista, a produção aborda assuntos necessários para a sociedade, entre eles o fanatismo religioso e os seus riscos.
“Essa questão da fé mexe demais com muita gente. Eu acredito muito que, se estivermos conectados a nós mesmos, pararmos a mente maluca que a gente tem, nós chegaremos a algumas respostas. Mas muitos buscam a resposta de fora. Quando você começa a querer salvadores para a vida (fica complicado)…“, disse.
“As pessoas podem te dar um caminho para conseguir olhar para dentro. Como aconteceu comigo. Eu já fui a vários retiros, encontrei pessoas incríveis que me ajudaram, mas nunca fiquei refém nem pensava: ‘Você é meu Deus e você me diz o que posso fazer’. Isso é muito perigoso porque os líderes são seres humanos, que são falíveis e têm questões para resolver“, explicou ainda.
“É muito difícil você colocar sua fé na obediência a um outro ser humano. A minha tem a ver com olhar para dentro. Muitos me ajudam, claro, mas não sou fanático“, completou.
Por fim, o famoso concluiu: “O guru, o fanatismo e os líderes religiosos podem oferecer muita coisa boa, mil possiblidades de cura e de reencontros, mas também podem abrir caminhos para a manipulações. Minha experiência pessoal diz: nunca entregue toda sua força e essência”.
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