A CNN Brasil demorou além da conta para o início da sua reestruturação, mas fez valer o suspense com uma onda de demissão nunca antes vista na história do canal. Até aqui 120 funcionários foram embora e a novidade indesejável foi tomada por conta do rombo milionário conquistado nos últimos meses.
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Pelas contas, antes mesmo do fim do ano, a CNN já garantiu ao menos R$ 100 milhões de rombo em seus cofres, segundo informações do Notícias da TV. No mercado, a emissora que estreou em 2020 conseguiu pouco mais da metade da meta comercial prevista em 2022. O corte de custos se tornou inevitável.
Com Douglas Tavolaro, o canal de notícias alcançou seu auge em audiência e repercussão nas redes, mas o público escapou, assim como o próprio executivo, e na gestão de Renata Afonso a crise bateu forte. A Jovem Pan News ajudou no aumento dos problemas.
CNN Brasil dá recado aos remanescentes para a próxima temporada: exige resultados!
A partir de agora, a direção da CNN vai apostar em nomes responsáveis por furos de reportagem, casos de Daniela Lima e Raquel Landim. O desejo é que os funcionários tenham resultados capazes de reaproximar o público e os anunciantes.
Vale lembrar que o editorial deve seguir o mesmo com a chegada do novo governo, ou seja, a demissão em massa não tem relação com o novo governo. Agora, o conselho administrativo da CNN vai ser conduzido por João Camargo.
A mudança já afeta a programação do canal. Na última quinta-feira (1º), o CNN Prime Time foi reprisado poucas horas após a sua exibição original. Como manda o costume, os demitidos desabafaram nas redes, como o caso de Marcela Rahal e Boris Casoy.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].