Ao menos duas melhores que acusaram Marcius Melhem de assédio sexual em 2019 e 2020 tentaram pleitear um programa na grade da Globo, com o selo do departamento de Humor. Uma autora e uma atriz exigiram o espaço na emissora, assim como o comando da área.
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A exigência parou no DAA (Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico) da empresa de comunicação, segundo o jornalista Ricardo Feltrin, sob o argumento que Marcius Melhem havia causado traumas terríveis em todas as atrizes.
Como resposta, com base no desejo da dupla, a Globo teria que protegê-las de alguma forma e, no caso, dando para as supostas vítimas do ex-diretor de Humor um espaço na grade.
Ao mesmo tempo, as duas começaram a se envolver na parte executiva da empresa como se estivessem no lugar de Melhem, que naquele período estava afastado. O plano da autora e da atriz ocorreu entre março e setembro de 2020.
Direção da Globo nega pedido de atriz e autora acusadoras de Marcius Melhem
Mesmo com toda a força momentânea, as mulheres não conseguiram uma faixa especial para seus projetos. Como prêmio, as duas ganharam espaço no Novo Normal, humorístico de Antônio Prata.
Mais adiante, ainda de acordo com a reportagem, o caso foi arquivado após investigação feita pelo Compliance. A crise entre a autora e Marcius Melhem começou em 2019, no quadro Mulheres Fantásticas, no Fantástico.
A briga teve início quando a profissional pediu um crédito especial no programa, mas o então diretor recusou a ideia, pois o trabalho era feito em equipe. A escritora deixou a Globo em 2020.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].