No dia 1º de maio de 1994, o SBT estava com tudo pronto para a estreia do que seria um dos seus maiores acertos da sua teledramaturgia: a estreia de Éramos Seis. A data, no entanto, ficou marcada pela morte do maior ídolo do Brasil: Ayrton Senna.
30 anos depois, uma história envolvendo diretamente outra grande estrela do país é revelada: Silvio Santos tinha depositado todas as fichas no sucesso do remake da novela. Atores consagrados estavam no elenco, como Irene Ravache e Othon Bastos.
Mais do que isso, nomes conhecidos hoje pelo grande público estavam despontando na carreira, como Tarcísio Filho, Leonardo Brício, Jandir Ferrari, Luciana Braga, Ana Paula Arósio, entre outros.
A morte de Senna, no entanto, mudou tudo. Sob ordem de Silvio Santos, o canal paulista anunciou o adiamento da novela para a semana seguinte, dia 9 de maio, e explicou ao telespectador o motivo da mudança. O piloto morreu após acidente no GP de San Marino, em Ímola.
SBT usou Irene Ravache para explicar adiamento de Éramos Seis após a morte de Senna
O apresentador escolheu a protagonista da novela, Irene Ravache, para dar detalhes da decisão. “Hoje, não é possível começar um novo trabalho. Mas, sim, lembrar os melhores momentos de garra e coragem do grande ídolo Ayrton Senna”, disse na época.
O comunicado gravado e exibido no SBT foi dirigido e produzido por Nilton Travesso. “O Brasil ainda precisa respirar fundo e recuperar o fôlego. O Brasil está de luto”, encerrou.
A declaração foi ao ar às 19h45 e às 21h45, nos dois horários que Éramos Seis estaria no ar. No lugar, o canal exibiu uma edição do Programa Livre, apresentado por Serginho Groisman.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].