Pepê, da dupla com Neném, relembra caso de racismo
Pepê relembrou racismo quando tentou comprar uma pizza (Imagem: Divulgação / RedeTV!)
A dupla Pepê e Neném foi entrevistada por Luciana Gimenez no “Luciana by Night”, da RedeTV!, e durante a conversa, Pepê lembrou um ato racista que sofreu e que a deixou sem chão.
Ao relembrar momentos marcantes ao longo de seus 43 anos, a artista narrou um caso de racismo que sofreu no Rio de Janeiro, em uma padaria.
“Fui pedir uma pizza. Acho que o cara não me reconheceu e olhou para mim, assustado, com medo. Não entendi nada, eu estava de boné e cabelo grande na época. ‘Tem pizza aqui não, acabou, acabou. Tá fechando, se retire, por favor’. Eu disse: ‘mas moço…’ e meus olhos foram enchendo de água. ‘Só vim pedir uma pizza’. Comecei a ficar nervosa, gaguejar e os caras que estavam entregando [a pizza] ficaram me olhando, tinham me reconhecido, estavam tentando avisar quem eu era, e eu fiquei na minha. Cheguei em casa chorando, derrotada”, compartilhou.
Ainda sobre o episódio, Pepê contou que Neném ficou brava ao saber do ocorrido. “Ela me disse: ‘Entra no carro agora’. Chegou lá falando: ‘Qual desses aqui que te falou aquilo?’. Disse para ele: ‘Olha só, meu amor, não é porque é Pepê e Neném, não. Vim aqui porque você não tem o direito de desrespeitar as pessoas. Você sabe o que você fez? Isso é racismo’. Foi quando ele viu quem era, achou que a gente fosse chamar TV e essas coisas”, comentou.
Casada há três anos com Thais Baptista, Neném deu à luz Valentina, hoje com nove meses de vida. “Nasci para ser mãe e não sabia. Estou sendo uma mãezona porque é muito gostoso. Se eu pudesse teria vários [filhos], só que por enquanto não. É muito caro. Cuidar de criança, a gente acha que é brinquedo, mas não é brinquedo, não”, disse sobre a maternidade.
Com nomes de batismo indígenas – Potiara e Potiguara – elas contaram a origem dos apelidos, que mais tarde se tornariam o nome da dupla. “Eu trabalhei numa casa de família e cuidava de uma menina de quatro anos. Por ser Potiara, meu apelido era Preta e eu não gostava, nem do nome, nem do apelido. Quando fui trabalhar lá, a garotinha foi escrever e colocou duas letras P, juntas, e aí eu peguei na hora”, relembrou Pepê, enquanto Neném falou que sempre teve esse apelido, graças a avó.
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