Após fala de Luciano Huck, Globo abre o jogo sobre saída do apresentador

Luciano Huck

Globo se isenta de candidatura de Luciano Huck em 2022 (Imagem: Divulgação / Globo)

A Globo se manifestou após a notícia do jornalista Tales Faria, do UOL, sobre a possível candidatura de Luciano Huck ganhar mais força após uma reunião com nomes de peso da política brasileira, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Por meio de um comunicado, a Globo informou que não houve veto por parte dela na candidatura de Luciano nas eleições do ano passado. “A afirmação é incorreta”, garantiu.

“Diante das especulações de que seria candidato, a Globo o procurou para saber se de fato ele concorreria à Presidência e enfatizar que, se assim fosse, teria de se submeter às regras da emissora”, esclareceu a direção do canal.

“A vida político-partidária é incompatível com a permanência nos quadros da Globo, mesmo depois do processo eleitoral”, explicou o canal. A Globo enfatizou que a regra vale para qualquer um que esteja dentro da emissora e que tenha o desejo de entrar na política.

Segundo ela, a cláusula visa “resguardar a postura de completa isenção da Globo”. “Na conversa, como a emissora esperava, Luciano Huck foi franco, correto e aderente às regras mencionadas”, concluiu.

O canal, no entanto, não informou se a saída de Luciano Huck do seu quadro de funcionários atingiria diretamente Angélica, que deve lançar um novo programa na casa em 2020.

Luciano Huck mostra temor pelo Brasil e dá aviso alarmante em evento

Luciano Huck conversou com executivos e investidores na última segunda-feira (9), e deu um aviso sobre os rumos que o país vem tomando. O apresentador não citou o presidente Jair Bolsonaro, que já o considera um adversário nas eleições de 2022.

Em evento promovido pela revista Exame, Luciano destacou que todos os presentes eram privilegiados. “Todos aqui somos privilegiados, mas se a gente não fizer nada, este País vai implodir. O abismo social é gigantesco, a desigualdade social é enorme, é inaceitável”, opinou.

Um dos pontos que mais foi mencionado pelo apresentador foi a discussão sobre a mobilidade social: “O Brasil já teve mobilidade social, não tem mais. Se você nascer pobre numa favela, a chance de morrer pobre numa favela é enorme”.

“Não vamos resolver desigualdade com um monte de gente branca e rica sentada na Faria Lima”, alfinetou. “Eu quero ser um cidadão cada vez mais ativo, contribuir como for possível para tornar o País mais eficiente”, argumentou.

Em seguida, Huck citou a Globo e lembrou que não precisava se envolver com política: “Eu poderia continuar sendo um peixinho dourado lá no aquário, protegido pelos muros do Projac, sendo alimentado com fartura, fazer o que faço tranquilo – e gosto. Ou poderia me jogar no oceano e tentar contribuir para que Brasil seja um País melhor”.

O famoso se tornou um dos nomes dos movimentos RenovaBR e do Agora!. “A construção das minhas ideias é tentando diálogo, conciliação. Não fui treinado no ringue da luta livre, não convivo bem com polarização, não sou o cara do grito, de falar alto. Não considero quem pensa diferente de mim meu inimigo”, avisou na palestra.

Da Redação
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