Diretora do MasterChef, Marisa Mestiço falou com o RD1 sobre a atual temporada do talent show culinário, intitulada A Revanche, e revelou alguns segredos do seu trabalho à frente do carro-chefe da Band.
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“Esse era o momento de trabalhar o All-Stars, que para nós virou A Revanche e combinamos que este seria o formato mais acertado e eu falo isso com muita propriedade”, disse a profissional.
“Ao longo das temporadas passadas, as pessoas estavam acostumadas com o formato que exibimos, mas pretendemos mudar com um novo formato. Para isso, revemos todos os programas para avaliar quem poderia participar dessa nova temporada que tem somente participantes que já passaram pela cozinha do programa”, contou Marisa sobre a seleção dos participantes.
Em relação às recusas, Mestiço disse que alguns nomes não puderam participar por conta de agendas indisponíveis. “Fizemos um levantamento geral e depois mapeamos quem poderia participar. Fizemos isso com todas as temporadas”, revelou.
A diretora ainda contou que o programa tentou blindar os escolhidos. “Nós tentamos manter blindados os nomes de quem estaria na temporada para não haver qualquer tipo de suspeita de proteção. Claro que neste momento, alguns nomes já passaram por alguns restaurantes dos chefes, mas nada que comprometa o andamento da disputa”, ressaltou.
No que tange à mudança do formato, Marisa afirmou que sempre trabalha com possibilidades dentro da franquia do programa. “A gente sempre trabalha dentro da franquia e o meu núcleo criativo observou que esse modelo seria interessante com um mata-mata mais dinâmico. Como queremos trazer uma novidade a cada temporada, optamos por esse formato atualmente para dar uma mexida no formato”, explicou.
“Eu achava que A Revanche seria uma revanche para nós mesmos, então, pensei que mudar o formato seria algo diferenciado para nós e para o público também”, observou.
A escolha dos participantes
Marisa Mestiço disse que a seleção do MasterChef – A Revanche não optou pelos mais polêmicos, mas no que contribuiria para o programa. “Eu não gosto de pensar no mais polêmico. Eu gosto de ver a história de cada um dentro da cozinha e o que representou aqui. Eu queria contar a história de cada um e, pra isso, fui me atualizar de cada integrante e o que estavam fazendo. Depois, começamos a rever todos os programas. Como foram os desafios dentro do que acreditamos que deveria ser um dispositivo para inserir na atração”, garantiu a diretora.
Marisa falou à reportagem do RD1 que houve a decisão pela seleção de competidores de todas as edições. “Seria muito legal para nosso público que houvesse integrantes de cada temporada, pois cada pessoa gosta de um momento específico do programa. A construção dos critérios não estão no âmbito do quanto o participante foi polêmico ou não, mas no que eles representaram na cozinha. A força, a mudança. Mudou mesmo? Quanto? Todos foram trabalhar em uma cozinha profissional? Alguém virou empreendedor? A nossa construção foi permeando o programa, mas pensando em como essa pessoa poderia trazer para o interesse das pessoas”, disse.
A profissional ressaltou que há pessoas frustradas com a profissão e isso traz uma identificação com o público. “Há muitas pessoas curiosas com gastronomia. Mas quem entra nessa cozinha, representa pessoas frustradas com gastronomia e a gente entendeu que tinha que ter uma conexão com isso, não com personalidades. Nosso objetivo não era trazer os mais polêmicos e mais difíceis, que é algo comum em programas de televisão”, salientou.
A diretora ainda revelou que, por mais que a atração tenha tido alguns participantes que não tenham se sentido confortáveis, o MasterChef não recebeu nenhuma resposta negativa durante os convites. “Não recebemos nenhum não como resposta. Quando fizemos um levantamento, houve uma triagem, mas em etapas. Tem participantes que estão fora do Brasil e, por isso, não houve alguma sinalização. A conexão com a cozinha era algo fundamental para esta temporada”, afirmou.
A Band, com essa temporada, optou por modificar o formato do All-Stars. Segundo Marisa Mestiço, o formato internacional não é levado “a ferro e fogo”. “Não estamos levando o formato à risca. A própria bancada redonda não é algo do formato. Toda a temporada do MasterChef, trazemos algo diferente. Nós temos uma equipe que gosta de criar e trazer novidades que vai ao encontro do brasileiro. Você, assistindo, verá coisas que são do MasterChef original, mas perceberá coisas que são modificações que fazemos”, revelou.
Provas criativas
Marisa Mestiço contou que as provas do programa são criadas pela equipe e que, também, possui reforço da franquia da atração. “Cada programa tem seu núcleo de estudos composto por vários profissionais que verifica o que está acontecendo no mundo e revisita algo que já passou pela atração em alguns momentos”, disse.
“É um núcleo que é feito por universos que mistura televisão, gastronomia, parte técnica, produtores de locação, pessoas que estão se relacionando com outros universos. Essa relação traz, a cada temporada, recursos que não pensássemos dentro de um programa de televisão”, explicou.
A volta às terças-feiras
“Foi uma decisão da casa. Não sei o porquê, mas houve um estudo que identificou que as pessoas gostavam mais dos programas às terças-feiras. Eu sou uma pessoa que acha que o programa tem que estar onde há pessoas que queiram assistir. Se, realmente, esse estudo aponta que o público quer o programa às terças, a gente volta para esta porta que sempre esteve aberta. Nós fomos experimentar o mundo novo do domingo que foi muito produtivo, enriquecedor e legal. Mas a nossa casa é a terça-feira, então, estamos de volta”, reforçou.
MasterChef Profissionais e Junior
Maria Mestiço também falou sobre outras temporadas do programa e se haverá novidades com formatos envolvendo profissionais e crianças. “O MasterChef amador é o formato mais visto no mundo”, afirmou.
“Nós já tivemos discussões gigantescas sobre essa aceitação e eu atribui isso ao amador com a relação das pessoas com a frustração com a carreira. Algo mais próximo do público. Alguém que é formado em alguma profissão, mas pode testar algo com a gastronomia. O formato amador está muito conectado com isso, de a pessoa não se reconhecer com o mercado que está e aqui na cozinha, a pessoa entender se isso pode ser um talento e virar uma profissão”, finalizou.
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!