O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) compareceu na tarde da última quarta-feira (29) à CPI das Fake News e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro controla uma rede de perfis falsos na internet com o intuito de atacar os seus opositores. Segundo ele, o filho Carlos Bolsonaro também está envolvido no esquema.
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O parlamentar alegou que os dois controlam um grupo de “terroristas virtuais”. “Sabemos que esse grupo trabalha com injúria, ódio, calúnia e ideologia. Acho que tudo isso atrapalha nossa democracia”, afirmou.
Ex-aliado do governo, Alexandre alegou que viu Carlos e outros homens administrando perfis pró-Bolsonaro dentro do gabinete do Presidente da República. “Eu sou a maior testemunha”, garantiu.
Em seguida, ao falar sobre impeachment, o congressista fez uma acusação ainda mais grave contra Bolsonaro e disse que ele paga por postagens. “Isso fere a lei que trata do crime de responsabilidade administrativa, de improbidade administrativa e de segurança nacional. Pois ele aumenta, ele estimula, ele bate palmas, ele ri e ele paga”, advertiu.
Alexandre Frota lembrou que a deputado federal Joice Hasselmann (PSL-SP) confessou que existem cerca de 1,5 mil perfis bolsonaristas falsos. “Acredito que seja até mais”, surpreendeu. “A liberdade de expressão não apresenta um falso-conduto para divulgar fake news”, avaliou.
O crime de responsabilidade alegado pelo deputado é o mesmo que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Com a petista, as chamadas pedaladas fiscais foram vistas como uma quebra da lei orçamentária e de improbidade administrativa.
Globo rebate Bolsonaro novamente
A Globo decidiu rebater um novo ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista exibida no Bom Dia Brasil, nesta quarta-feira (30), o político afirmou que é perseguido pela emissora e que ela parou de “faturar bilhões de propagandas do governo”.
“A Globo reitera que teve acesso ao livro da portaria e, como deixa claro a reportagem, informou-se com múltiplas fontes sobre o conteúdo do depoimento do porteiro. Não mentiu”, iniciou o comunicado lido por Giuliana Morrone.
“Dada a relevância dos fatos, a Globo cumpriu a sua obrigação de informar o público, revelando o que disse o porteiro e todas as suas contradições, que ela própria apurou”, acrescentou o texto.
“A Globo não tem nenhum objetivo de destruir quem quer que seja, mas é independente para informar com serenidade todos os fatos, mesmo aqueles que possam irritar as autoridades. E assim pode agir, justamente porque não depende nem nunca dependeu de verbas de governos, embora a propaganda oficial seja legítima e legal”, finalizou a nota.
Em conversa com jornalistas, Jair Bolsonaro defendeu o porteiro que teria ligado, segundo reportagem do Jornal Nacional, para a casa dele e obteve autorização para a entrada de Elcio, no dia da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).
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