Evandro Santo, conhecido como o Christian Pior do Pânico, resolveu desabafar sobre uma publicação feita por um perfil do Twitter. Na postagem, Evandro teve uma foto compartilhada ao lado de Jair Bolsonaro, hoje presidente do Brasil. A situação causou desconforto ao comediante, que resolveu explicar o fato aos seus seguidores.
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“Gente! É muito chato e triste nesta altura do campeonato e dos meus 45 anos ter que me justificar. Antes de tudo, quero deixar claro que não sou uma pessoa radical em nada, porque penso em todos os ângulos de uma questão”, disse.
“Como profissional do Panico eu entrevistava todo o tipo de pessoas, pessoas que admiro e pessoas que não gosto. Quem dera a Deus, eu pudesse falar ou entrevistar pessoas que eu gostasse! Esta foto com o Bolsonaro foi tirada no programa do Danilo Gentili no qual fizemos uma brincadeira junto com o Leo Lins e ele colocou a bandeira LGBT nas costas. E pronto. Todas as vezes em que eu o entrevistei ele foi de boa, e era a minha obrigação como profissional, deixar a entrevista divertida! Eu não votei nele, não era meu candidato e pronto”, avisou.
“O que me incomoda é que as pessoas ficam alimentando isto, colocando fogo no circo. Apoiar um candidato é quando você fala que apoia e veste a camisa e pronto! Eu nunca saí por aí fazendo campanha política para ninguém. Amo o Põe na Roda e o Pedro HMC, mas este tiro está errado! Me assumi gay com 12 anos em Uberaba, em 1987, era bem mais foda ser gay, a AIDS estava em alta, enterrei muitos amigos, e tudo que consegui na minha vida foi como gay assumido desde os 12 anos”, desabafou.
“O programa que eu fazia na TV era para as MASSAS, portanto eu tinha que falar com todos os tipos de pessoas públicas amadas ou odiadas. É como um médico que é obrigado a socorrer qualquer tipo de pessoa. O que me preocupa nesta militância toda, e sim esta militância deve existir, é que ela não vire uma nova revolução francesa em que cabeças são cortadas por um respirar. Tem gays que militam. Tem gays que não militam. Tem gays que se assumem. Outros não. Até porque eu não sei onde o calo da pessoa dói”, lamentou.
“Minha militância é desde 1987, que como homem gay, sem esconder fui construindo minha vida! A homofobia existe e já foi pior, não é algo de agora, em Uberaba eu e minhas amigas bibinhas e travas levávamos curta geral. Então deixo aqui bem claro pela última vez: Sou gay, assumido, não quero ser curado, não me acho uma aberração, gostaria de vir gay na próxima encarnação e não votei ou apoio o Bolsonaro. Me respeitem como gay e cidadão“, encerrou Evandro Santo em um textão no Facebook.
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