Éramos Seis da Globo é a pior versão do clássico livro

Éramos Seis

Júlio (Antonio Calloni), Lola (Gloria Pires) e os filhos Isabel (Giullia Buscacio), Carlos (Danilo Mesquita), Julinho (André Luiz Frambach) e Alfredo (Nicolas Prattes) em Éramos Seis (Imagem: Divulgação / Globo)

O livro Éramos Seis, que já teve boas versões em outros tempos, tanto na TV Tupi quanto no SBT, aqui sua melhor releitura com Irene Ravache à frente do elenco e Nilton Travesso na direção, mostra na Globo um desencanto de texto e roteiro.

Não é o mesmo espírito de novela. Não é a mesma nostalgia do livro. Não é a mesma interpretação de Dona Lola, definida por Irene Ravache e tímida na interpretação de Gloria Pires.

Quando uma boa atriz tem uma interpretação ruim, ou o texto não serve ou a direção está impotente. E neste caso temos as duas posturas, além da já tradicional pouca luminosidade de cena, que já está cansando na Globo.

Parece que os diretores decidiram recriar o cinema “noir” francês nas novelas. Até a tristeza quando apresentada na folhetim tem que ter luminosidade para que não seja triste.

Isso se chama dramaturgia. Isso é fazer novela com objetivo de ganhar a dona de casa. O restante é apenas o alimento ao ego do diretor ou autor.

Teodora Mendes
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Teodora Mendes

Teodora Mendes ama uma fofoca e não tem compromisso em segurar a língua. Esperta e atenta ao mundinho fantasioso dos famosos, ela sempre está à procura dos podres que as celebridades e sub-celebridades tanto fazem questão de esconder. Dos bailes mais luxuosos aos pancadões nas favelas, Teodora conta com uma tropa de contatinhos nessa saborosa jornada.