Suzana Alves, que viveu um dos personagens mais populares da TV brasileira no fim dos anos 1990 e começo dos 2000, revelou durante um live no Instagram vários fatos do período no qual reinava como a Tiazinha do Programa H, atração da Band que era comandada por Luciano Huck. Dentre elas, uma depressão em meio ao auge do seu sucesso.
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“Sempre fui uma menina inconformada com as injustiças, com as diferenças sociais. Sempre fui uma pessoa que quis fazer coisas para mudar o mundo. Quando fiz todo o sucesso, pensei: ‘Bom, por trás disso tudo deve ter um caminho’. Eu comecei a não ter paz. Eu tinha dinheiro e sucesso, mas não tinha paz. Eu não dormia, tinha pesadelos todas as noites. Isso no auge do auge da fama“, contou ela.
A atriz disse ainda sobre as consequências que teve de arcar por ser conhecida como um símbolo sexual. “Não conseguia namorar, não confiava em ninguém. Só tinha gente interesseira atrás de mim. Fui muito roubada, (no sentido) de confiar nas pessoas. Não conseguia ir a mercado, a shopping… Não tinha mais vida social. Vivia numa bolha. Aquilo era muito deprimente para mim. Queria sair com minhas amigas, ir à praia. Tinha que ter motorista e segurança o tempo todo“.
“Eu não tinha a consciência que tenho hoje, não achava que não era feliz. Mas, quando eu ia para o meu quarto e ficava na minha solidão, me sentia triste. Porque as pessoas não me viam como eu era: uma menina de valor, de caráter. Me viam como uma mulher vulgar, que não era para casar, que era para se divertir. Isso me deixava muito triste. Eu sempre fui a Suzaninha, não era muito diferente do que conhecem hoje“, acrescentou.
A morena lembrou também que, antes de entrar no ar como a Tiazinha, chegou a ser reprovada em um teste para trabalhar como assistente de palco. Só um ano depois, voltou à emissora com a ajuda de uma amiga que era funcionária da casa e conseguiu deixar um material fotográfico. Foi quando a produção a chamou para encarar uma personagem mascarada e vestida de lingerie, que depilava marmanjos que erravam perguntas. Suzana confessou que, de início, não gostou muito da ideia.
“Eu disse: ‘Deus me livre’. Achei aquilo um absurdo. Eu era atriz, vinha do teatro. Tinha um preconceito. Não era nem preconceito, porque nunca tinha visto (a personagem). Mas não tinha a ver com meu contexto“, explicou Suzana Alves, que foi convencida pelo valor que receberia para ajudar a pagar mensalidades atrasadas da sua faculdade de jornalismo.
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