Alexandre Frota concedeu uma entrevista ao jornalista Leo Dias, do UOL, e falou sobre alguns famosos do meio artístico envolvidos na polêmica Lei Rouanet. O deputado federal eleito por São Paulo citou nomes e afirmou que uma equipe “fantasma” atuava para acabar com o que ele definiu como a “Farra da Cultura”.
Ao jornalista, o ex-ator global deu detalhes da operação da equipe desde o início do Governo Bolsonaro. “Sou membro titular da Comissão de Cultura e sou vice-líder do PSL (Partido Social Liberal) dentro da Câmara dos Deputados. Tenho trabalhado em média 16 horas por dia. Desde a transição de Governo, nós montamos uma equipe ‘fantasma’ que já atuava de maneira sigilosa dentro do extinto Ministério da Cultura. Esse ministério, nos últimos vinte anos, atravessou uma fase muito ruim, foi boa somente para artistas que se beneficiaram das leis de incentivo, tanto da Lei Rouanet quanto das leis de audiovisual. Não podemos generalizar, mas temos que acabar com a ‘farra da Cultura'”, afirmou.
Ele continuou: “Meu papel lá é de fiscalizar, de propor, de dar novas ideias, de acompanhar e lutar para que as prestações de conta sejam claras e não gerem tantos problemas como geraram no passado”.
Frota falou sobre o caso envolvendo Gabriela Pugliesi. Em 2017, ela e o marido Erasmo Viana tentaram captar R$ 2 milhões em incentivos da lei. “Para eles poderia até ser, mas nós entendemos na Cultura que não seria possível [aprovar os incentivos] naquele momento do país. Eles haviam solicitado um pedido de isenção, principalmente na Lei Rouanet e na Lei Audiovisual, e queriam ser incentivados pelo Ministério da Cultura num momento de total crise”, declarou.
Alexandre comentou abertamente sobre a última polêmica envolvendo a Lei Rouanet e Giovanna Ewbank. “Nesta questão, ela seguiu a mesma linha da Gabriela Pugliesi e buscou incentivo para fazer um seriado todo filmado em Fernando de Noronha, onde tem uma pousada. Uma produção cara, para um programa que tem uma audiência pífia. A CPI da Cultura já tinha terminado e o Bruno [Gagliasso, marido de Ewbank], com a influência dele, deve ter bons relacionamentos e conseguiu que a Giovanna fosse atendida”, disparou. “Eles incentivaram mais de R$ 2 milhões, e acho que ela não tem esse valor todo, mas é minha opinião. A esposa dele fez o programa, mas esse tipo de coisa não tem mais moleza”, completou.
Ele, por outro lado, entendeu que a Lei é necessária para o país, mas não do jeito que foi praticada nos últimos anos. “Acho que ela precisa existir, sim. Temos que fazer uma reforma cultural no país, um trabalho sério e com pessoas sérias. Não queremos mais pessoas que queiram de alguma forma usurpar do nosso dinheiro público. Houve um derrame muito grande de dinheiro, uma farra da cultura incontrolável”, opinou.
Em seguida, Alexandre Frota citou nomes como Letícia Sabatella, Wagner Moura, Gilberto Gil, entre outros. “Tínhamos pessoas encabeçando determinadas ‘panelas’, como a Letícia Sabatella, por exemplo. Essa atriz transitou livremente ao lado da Dilma Rousseff. O próprio Wagner Moura conseguiu aí um incentivo de R$ 10 milhões pra fazer ‘Marighella’, um filme que retrata um terrorista, assassino e bandido, e foi retratado como herói. Esquerdista, como o Wagner é, foi assim que ele tratou. Inaceitável. O Wagner sumiu e o filme sumiu. O povo brasileiro acordou”, apontou.
“O Gilberto Gil é um que acabou de ser processado e tem que devolver aos cofres públicos R$ 1 milhão. Muito em breve a Secretaria de Cultura mostrará esse passado. Tem que ser tudo colocado na mesa. Não posso falar nomes para não passar por cima de regras, mas em breve todos saberão”, enfatizou.
O político ainda explicou o que ele definiu como “classe artística desunida”: “Quando eu falo isso quero dizer que a classe artística, além de ser desunida, pensa no próprio umbigo. Eu vivi lá dentro e sei como é. Parte da classe artística traiu o Brasil quando aceitou e se submeteu a essa pouca-vergonha que foram as leis de incentivo e a maneira que eles trabalharam isso descaradamente. Eles traíram o país. Essas pessoas não pensavam no povo brasileiro”.
Frota causou polêmica quando vinculou o apoio de artistas ao incentivo fiscal pela lei da cultura no antigo governo. “Claro. Temos uma lista de artistas que apoiaram Lula e Dilma, cantores principalmente. Daniela Mercury reclama tanto, mas já foi incentivada para show e camarote. Ela que lançou a hashtag ‘Ele Não’. Essas pessoas se preocuparam tanto pela derrota do Jair Bolsonaro por isso”, argumentou.
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