O historiador Jones Manoel decidiu tomar uma atitude contra Mario Frias. O secretário Especial da Cultura fez um comentário racista em uma dessas mensagens, sugerindo que o militante tomasse banho. Ao Splash, o professor disse que o comentário não causou surpresa.
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“É sempre bom lembrar que, até outro dia, o governo Bolsonaro tinha na pasta da Cultura uma pessoa que emulou uma propaganda nazista [Roberto Alvim]. Foi dia desses. O secretário fez uma propaganda no ‘estilo Goebbels [Ministro da Propaganda de Adolf Hitler]'”, disparou Jones.
Ele ainda ressaltou: “O que chama a atenção é que no Brasil existe um discurso —que considero equivocado— de polarização. O que existe é um esgoto fascista, e por consequência racista, que veio a público e quer lutar pelo ‘direito’ de ser racista na esfera pública. O Mario Frias faz parte disso. Ele integra um governo racista. Não podemos perder a capacidade de indignação, mas não fiquei surpreso”.
O militante também garantiu que acionará o secretário judicialmente. “Tenho uma reunião ainda hoje com advogados do partido que integro, o PCB [Partido Comunista Brasileiro] para traçar uma estratégia judicial. Prestaremos queixa e entraremos com um processo contra o secretário”, comentou.
Depois que Mario Frias soltou o comentário polêmico, Jones Manoel recebeu muito carinho de famosos, partidos políticos e deputados.
“Fico muito grato. É importante mostrar que o racismo não pode ser aceito. E isso não só por mim, mas toda e qualquer expressão de racismo, misoginia e qualquer tipo de repressão de minorias devem ser rechaçadas“, declarou ele.
Ontem, ele acordou recebendo diversos ataques e xingamentos racistas no seu Instagram. No Twitter, ele descobriu que usuários bolsonaristas compartilhavam um comentário dele dizendo que havia comprado fogos de artifício após a internação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na última quarta (14).
