A decisão da Record por uma linha editorial no seu jornalismo chapa-branca e com a mínima crítica possível ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) provocou reações dentro do jornalismo. Produtores, editores e jornalistas não aprovaram a posição da emissora, e tal situação causou revolta e indignação.
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De acordo com as informações do site Notícias da TV, Edir Macedo orientou por um trabalho menos sensível e mais pró-governo, totalmente o oposto do que se viu na Globo desde o início da pandemia, e mais recentemente na Band.
O mal-estar ficou evidente quando Adriana Araújo não comentou ao vivo, na semana passada, a decisão do governo pelo atraso na divulgação dos dados do coronavírus no país pelo Ministério da Saúde. Ela só lamentou a postura do governo pelo Instagram e de forma incisiva.
Apesar disso, o desabafo ecoou entre os jornalistas dentro e fora do canal paulista: “Esse é o melhor número que a gente tem para acompanhar o avanço da Covid-19 no Brasil. Infelizmente, deveria ser divulgado com mais agilidade, com mais transparência, mas no momento não é isso o que está acontecendo”.
“Como funcionária da notícia, antes de tudo, eu me sinto na obrigação de vir até aqui pra dizer pra vocês que eu sei que está todo mundo cansado, todo mundo esgotado, querendo que isso passe logo, mas agora, saber a realidade da situação que a gente enfrenta, saber a gravidade da situação, é muito importante”, declarou.
Ainda de acordo com a reportagem, a apresentadora se tornou alvo dos olhares atentos dos responsáveis pela linha editorial. Para alguns, ela usou de “cacos” nos roteiros do jornal com o intuito de uma rescisão contratual sem multa, e assim, assinar com a CNN Brasil.
A atitude da âncora do Jornal da Record não foi bem avaliada pela chefia. A cara feia ficou evidente: de lá para cá, Adriana Araújo não comentou sobre o assunto em sua rede social.
