A Globo decretou recentemente a extinção das novelas das 23h – ou superséries. A faixa foi extinta após um ano de inatividade, acarretando no cancelamento de O Selvagem da Ópera, projeto de Maria Adelaide Amaral que deverá ser encaixado às 18h. Agora, segundo informações da jornalista Patrícia Kogut, outra produção ligada ao horário foi “remanejada”.
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Trata-se de Um Defeito de Cor, adaptação do livro de Ana Maria Gonçalves, sob responsabilidade de Maria Camargo. Cotada para às 23h, com lançamento previsto para 2021, a sinopse deverá ser encaixada no Globoplay. A trama acompanha Kehinde, escrava já idosa – cega e à beira da morte – que deixa o continente africano para reencontrar o filho no Brasil; a trajetória da heroína compreende violência física e sexual.
A autora Maria Camargo possui história no serviço de streaming. Ela assinou Assédio, minissérie estrelada por Antônio Calloni, livremente inspirada na trajetória de Roger Abdelmassih, médico condenado por cometer violência sexual contra mais de 30 pacientes. Maria também esteve na equipe do programa Por Toda Minha Vida (2006), da série Tudo Novo de Novo (2009), da novela Lado a Lado (2012) e da minissérie Dois Irmãos (2017).
Cabe lembrar que as novelas das 23h / superséries foram lançadas em 2011, em meio às comemorações dos 60 anos de folhetins no Brasil, com o remake de O Astro. O clássico de Janete Clair, com versão de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, ganhou o Emmy Internacional na categoria Novela. Seguiram então as versões de Gabriela (2012), Saramandaia (2013) e O Rebu (2014).
Em 2015, veio o primeiro texto inédito: Verdades Secretas. A segunda temporada do folhetim de Walcyr Carrasco marcará o início deste novo modelo de produção do Globoplay – com amparo dos Estúdios Globo –, tendo estreia prevista para 2021. A faixa das 23h trouxe ainda Liberdade, Liberdade (2016), Os Dias Eram Assim (2017) e Onde Nascem os Fortes (2018).
