Um mês depois de denunciar supostos casos de machismo na Record em Goiás, Mariana Martins foi contratada pela TV Goiânia, afiliada da Band no estado. Em rede social, a jornalista comemorou a novidade.
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“Estou muito feliz, tive a oportunidade de ir para outras emissoras, outros estados. Mas eu sou goiana, sou goianiense, aqui é a minha casa, aqui é a minha terra. E eu quero continuar aqui”, declarou a apresentadora.
Mariana Martins ainda revelou que chegou a visitar a Band em São Paulo. Foi justamente no local que ela conheceu a direção da emissora e acertou os termos do contrato.
“O que me foi proposto foi algo diferente, onde eu possa fazer do meu jeito, com a minha cara. Ter a minha liberdade, minha autonomia, minhas redes sociais para mim, para eu me expressar da forma como eu quero, como eu gosto”, declarou a âncora.
Mariana expôs suposto caso de machismo na direção da Record após ter sido demitida. “De um tempo pra cá, eu passei a viver vários momentos de constrangimento. O último deles aconteceu no dia 4 de maio, em uma reunião com vários profissionais, onde me disseram que a emissora havia perdido o público C. O público C é o público alvo da Record TV. Me disseram que eu teria de me virar”, desabafou ela.
A jornalista seguiu: “Colocaram nesta reunião várias fotos minhas, das redes sociais, para todos verem. Mostraram fotos minhas de biquíni, fotos de viagens, e disseram que eu deveria mudar o meu perfil. Eu ouvi o seguinte: ‘você tem que mudar o seu perfil, a foto está muito bonita’”.
Na época, Mariana Martins contou que, por diversas vezes, foi obrigada a escutar de colegas que a sua atuação enquanto profissional seria muito sensual.
“O que fideliza o público é o jornalismo imparcial. Nós deveríamos estar aqui [nas redes sociais] discutindo o que tem conteúdo. O que eu estou falando agora, eu tenho como provar. Gravei esse vídeo para as mulheres entenderem que o que nós vestimos não nos define”, disparou.
Por fim, a ex-apresentadora do Balanço Geral GO afirmou: “Se a minha matéria, se a minha reportagem é bem feita, basta. A gente não deve se calar por pressão psicológica, pressão por audiência, e ouvir o que a mulher deve ser menos do que o próximo. A gente não pode se calar diante disso”.
Na ocasião, a Record declarou que a apresentadora foi dispensada por questões profissionais e não detalhou as acusações feitas por ela. Antes de entrar para o time da Record Goiás, em 2019, ela estava na TV Anhanguera, afiliada da Globo.
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Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]