Quem segue Armando Babaioff nas redes sociais, já reparou que ele é bem participativo nos debates políticos. Uma discussão recente envolveu a Lei Adir Blanc, que Jair Bolsonaro está tentando barrar e afeta diretamente o setor cultural do país.
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Em resumo, o presidente quer cortar um repasse anual de R$ 3 bilhões para a cultura, argumentando que esse projeto é inconstitucional e contraria o interesse público.
No entanto, essa ação — publicada no Diário Oficial da União — ainda pode ser barrada no Congresso Nacional, se não tiver maioria absolua de votos dos deputados e senadores.
Em seu perfil do Twitter, Babaioff não escondeu sua insatisfação com a decisão de Bolsonaro e a perseguição habitual aos artistas:
“Bom dia pra você que acordou com mais um veto na cultura! Acordar e ler sobre o veto desse bosta à Lei Aldir Blanc 2, alegando que cultura é ‘inconstitucional e contraria o interesse público’. O veto é puramente ideológico. Estamos no fundo do fundo do poço. Eu tô exausto e todos seus sinônimos. Exaurido, cansado, esgotado, fatigado, zoado, abodegado…”.
Confira:
Bom dia pra vc que acordou com mais um veto na cultura!
Acordar e ler sobre o veto desse bosta à Lei Aldir Blanc 2, alegando que cultura é “inconstitucional e contraria o interesse público”. O veto é puramente ideológico.
Estamos no fundo do fundo do poço.
— Babaioff (@babaioff) May 5, 2022
EU tô exausto e todos seus sinônimos.
Exaurido, cansado, esgotado, fatigado, zuado, abodegado, …— Babaioff (@babaioff) May 5, 2022
Mario Frias sofre derrota em ação contra Armando Babaioff, que o detonou publicamente
Mario Frias entrou com uma ação contra Armando Babaioff por danos morais, mas acabou levando a pior na Justiça. A polêmica teve início quando, no ano passado, o ator chamou o secretário especial da Cultura de “racista”, “bosta” e “sem talento”.
Os comentários do global foram feitos depois que o aliado do presidente de Jair Bolsonaro (PL) escreveu no Twitter que o ativista negro Jones Manoel “precisava de um bom banho”.
Segundo informações do Splash, na decisão publicada na sexta-feira (18), o 6º Juizado Especial Cível de Brasília, no Distrito Federal, julgou improcedente a ação movida por Mario Frias ao entender que a crítica de Babaioff parte da opinião pessoal do ator referente a uma pessoa “política que é ocupadora de cargo público”, sendo assim, tendo que se sujeitar ao “escrutino popular”.
O texto da decisão também ressalta que o racismo ainda é “notório” em nosso país e que “há a incorreta e lamentável associação de afrodescendentes a aspectos negativos, tais como a sujeira”, tanto que o secretário teve que se explicar posteriormente.
O juiz, então, ressalta que Mario Frias “não desconhece a potencial interpretação de que indicar que pessoa afrodescendente precisaria ‘tomar um banho’ leva à natural percepção de repetição da associação pejorativa em questão”. A decisão ainda cabe recurso.
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.