A cantora Baby do Brasil foi detonada e acusada pelo cantor e compositor Moraes Moreira, que não gostou das críticas feitas por ela ao musical da banda Novos Baianos, da qual os dois fizeram parte no passado.
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O grupo marcou a MPB nos anos 70 e Baby, convertida ao protestantismo anos depois, queria que o espetáculo fosse “evangélico”, sem fazer menção ao uso de drogas por parte do grupo.
“É uma ficção, que não retrata exatamente como as coisas realmente aconteceram”, disse ela em entrevista ao jornal O Globo, afirmando que sentiu falta “dessa verdadeira história no roteiro”.
Diante das declarações, Moraes a rebateu e, ao jornal O Globo, disparou: “Dizer que o musical não retrata os Novos Baianos é uma mentira deslavada. Baby queria que o espetáculo fosse evangélico”.
“Que não dissesse que fumou maconha, que tomou ácido, que fez tudo. Assim, os Novos Baianos não seriam revolucionários. João Gilberto deve estar se mexendo na sepultura”, revelou.
“Porque o nosso grupo fumou, sim, tomou ácido, sim, fez músicas maravilhosas em estado de fumar maconha, sim. Eu adorei o musical, o Pepeu [Gomes] e o Paulinho [Boca de Cantor] também”, disse ainda.
“Para com isso! Vamos parar de mentir em nome de Deus! Éramos fãs de Jimi Hendrix, Janis Joplin. Estávamos afinados com a geração daquele tempo. Será que os Beatles fariam músicas tão lindas se não tivessem tomado ácido?”, questionou.
“Não morremos de overdose porque a gente era esperto, malandro, seguramos a barra. Isso é preconceito de evangélico. Vai votar em Bolsonaro!”, finalizou, revoltado com o posicionamento da ex-colega.
O musical, vale lembrar, foi dirigido por Otávio Muller, com direção musical de Pedro Baby (filho da cantora) e Davi Moraes (filho de Moraes).
