Apresentador do Opinião No Ar, da RedeTV!, Luís Ernesto Lacombe foi surpreendido por uma decisão do YouTube. O site de vídeos derrubou o canal de extrema-direita do jornalista sob a alegação de infringir as regras sobre nudez e conteúdo sexual.
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No entanto, o motivo para a queda foi outro. Enquanto esteve no ar, o foco principal dos vídeos era sobre pautas interessantes ao Governo Bolsonaro, incluindo a participação de bolsonaristas ferozes e teorias da conspiração absurdas.
Quando estreou o seu canal no YouTube, e maio de 2020, Luís Ernesto Lacombe cresceu rapidamente, mas ficou estável meses depois em número de assinantes, 1,2 milhões, e 129 vídeos publicados em um ano.
Em março, o canal foi punido por entrevistar o negacionista de pandemia Alessandro Loiola. Entre as dezenas de vídeos, vários com conteúdo polêmico: caso Daniel Silveira, o uso de máscaras, lockdown e tratamento precoce contra a Covid-19, além da participação de Allan dos Santos em inúmeros vídeos.
Todos os vídeos foram pensados no público pró-governo, sem imparcialidade ou crítica ao momento vivido pelo país graças ao atual governo.
Luís Ernesto Lacombe se tornou um dos maiores apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde a época do Aqui na Band, matinal da Band extinto após atritos entre o diretor do programa, Vildomar Batista, e a direção da emissora.
Confira:
Ontem (7) foi um dia agitado na extrema-direita no YouTube.
Teve YouTube apagando vídeo mentiroso sobre COVID e canal grande escondido vídeos.
A principal notícia, porém, é que o YouTube deletou o canal de Luís Ernesto Lacombe.
— Guilherme Felitti (@gfelitti) June 8, 2021
No ano que ficou no ar, o canal só deu palco a apoiadores ferozes de Bolsonaro.
Era o creme da ideologia fantasiada de “jornalismo”, tal qual Alexandre Garcia.
Mesmo com muitos vídeos negacionistas, o canal caiu por infringir as regras do YT sobre nudez e conteúdo sexual. pic.twitter.com/LkgfT19wOf
— Guilherme Felitti (@gfelitti) June 8, 2021
Lacombe subiu como um foguete no 1º mês do canal, (mai/20), mas depois atingiu um platô onde ficou.
Até ontem, eram 1,2 mi de assinantes e 129 vídeos.
O canal já tinha sido punido em março por entrevistar o negacionista de pandemia Alessandro Loiola.https://t.co/HoCnGPr8R3 pic.twitter.com/Y2NH3MMlxK
— Guilherme Felitti (@gfelitti) June 8, 2021
Alguns exemplos do conteúdo puramente ideológico, mas fantasiado de “jornalismo” que Lacombe produzia no seu canal.
Te desafio a encontrar algum/a convidado/a que não seja bolsonarista ou alguma opinião que não seja a de Bolsonaro. pic.twitter.com/F1aSvNBS48
— Guilherme Felitti (@gfelitti) June 8, 2021
Mas ontem não foi só Lacombe.
O Terça Livre TV continua sua limpeza. Ontem, foram 10 vídeos tornados não-listados – ou seja, estão nos servidores do YT disponíveis só a quem tem o link.
Aquele caldo tradicional de ataques ao STF, delírios comunistas e lambeção de Bolsonaro. pic.twitter.com/bJBzYO9q9T
— Guilherme Felitti (@gfelitti) June 8, 2021
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].