O presidente Jair Bolsonaro está aguardando que o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fábio Wajngarten, peça para deixar o cargo após reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
A Folha revelou que a empresa de Fábio, a FW Comunicação recebe pagamentos regulares de emissoras de TV (Record e Band) e agências de propaganda que têm contratos com o Governo.
Mesmo que exista um trabalho regular que Fabio viesse a cumprir com as empresas contratadas, ele não poderia ser funcionário público responsável pelo destino de verbas milionárias para as emissoras de TV e agências de propaganda com contas do Governo. Isso vai contra o princípio básico do conflito de interesses, por mais boas as intenções que houvessem.
A administração pública é fria e independe de honestidade de quem quer que seja e por essa razão quem é responsável pelo destino de verbas do Governo não pode ter vínculo algum com esses destinatários.
O caso de improbidade não vem ao caso, mas apenas a legalidade do ato e função da pessoa paga pelo Governo. Caso de improbidade ou não cabe ao Ministério Público Federal e Polícia Federal averiguarem se acharem que existam indícios.
Pelas verbas irrisórias recebidas pela empresa do chefe da Secom, acreditamos que foi apenas uma ilegalidade que deve ser corrigida com sua saída e não houve recebimento indireto de benefícios. Vamos lembrar que Fábio foi indicação de Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente da República.
