Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) tomou atitudes passíveis de investigação com o dinheiro destinado para as emissoras de TV de sinal aberto. Enquanto a Globo perdeu uma soma considerável da verba do governo, SBT e Record receberam um volume desproporcional.
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A apuração foi feita pelo jornal O Globo, que expôs: “Os dados compilados de janeiro a junho deste ano apontam que duas emissoras lideram o ranking de recebimento de verba pública”.
Segundo a matéria, entre janeiro e junho deste ano, a Record recebeu 8,3 milhões de reais, o mesmo valor destinado ao SBT. Líder de audiência com ampla vantagem, a Globo apareceu em terceiro lugar com 6,2 milhões de reais, à frente apenas da Band, com 4,4 milhões, e da RedeTV!, com 1,8 milhão.
Record e SBT foram as emissoras mais receptivas aos pedidos dos auxiliares do Governo Bolsonaro ao longo dos últimos dois anos e meio. A Globo perdeu terreno na verba e em outros departamentos como o futebol.
Em quase três anos de Bolsonaro no poder, o canal carioca perdeu a Copa América, Copa Libertadores, ambas do SBT, e o Campeonato Carioca, atualmente na Record. Para o lado do canal de Silvio Santos, em adendo: Bolsonaro aceitou Fábio Faria, genro do empresário, para ser ministro da recriação do Ministério das Comunicações.
A mamata sempre mencionada por Bolsonaro não acabou e, se estava com a Globo há anos como alardeou desde a campanha, ela só mudou de canal. No caso, canais.
Procurados pela reportagem, a RedeTV! informou que “o único relacionamento com o senhor Fabio Wajngarten era como chefe da Secom, nos processos diários” e completou: “O jornalismo da emissora é reconhecidamente imparcial, plural e independente”.
O canal prosseguiu e afirmou que seu share (participação) é “muito inferior do que seria o justo pela mídia técnica” e que “nesse sentido, o faturamento da RedeTV! é extremamente menor do que, por exemplo, o da TV Globo”.
O Grupo Bandeirantes destacou que é “reconhecido pela qualidade e imparcialidade de seu jornalismo” e que as “relações com chefes do Secom são institucionais como as de qualquer grupo jornalístico —inclusive O Globo”.
“Entra governo e sai governo, somos acusados ora de ser de oposição, ora de ser de situação. Nada mais natural para uma emissora que pratica um jornalismo sempre — e apenas — ao lado do cidadão”, apontou. SBT e Record não responderam.
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