O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiu contra algumas questões aplicadas, neste domingo (17), no primeiro dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2020.
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Entre as insatisfações do presidente da República esteve uma pergunta que trouxe a desigualdade salarial entre as duas maiores estrelas do futebol brasileiro da atualidade: Neymar e Marta.
Segundo o UOL, o político afirmou que questões do tipo são “ridículas” e que o “futebol feminino ainda não é uma realidade no Brasil”. Ele justificou a desigualdade como ações da “iniciativa privada”.
“O banco de questões do Enem não é do meu governo ainda, é dos governos anteriores. Têm questões ali ridículas, ainda. Ridículas, tratando do assunto. Comparando mulher jogando futebol, mulher e homem, por que que a Marta ganha menos que o Neymar…”, disse Bolsonaro, em conversas com apoiadores, em Brasília.
O presidente também ressaltou: “Não tem que ter comparação, o futebol feminino ainda não é uma realidade no Brasil. O que o Neymar ganha por ano, todos os times de futebol juntos no Brasil não faturam por ano”.
“Como que vai pagar para a Marta o mesmo salário? Isso chama-se iniciativa privada. Ela que faz o salário. Ela que mostra para onde o mercado deve ir. Então, [o exame] faz umas questões absurdas sempre pregando a igualdade, mas por baixo”, completou o chefe do Executivo.
Após aparecer na prova do Enem, Marta publicou um texto enigmático em seu Instagram, nesta segunda-feira (18). Nos stories, ela mostrou uma imagem em que aparece treinando com a camisa da seleção brasileira e na legenda escreveu: “Uns serão lembrados como os melhores da história, já outros…”.
A questão citada por Enem foi observada na prova de linguagens, que trouxe ainda outras perguntas sobre desigualdade de gênero, como a respeito da campanha ‘chega de fiu, fiu”, contra assédio nas ruas.
