Bruna Linzmeyer faz revelação e afirma: “Sou sapatão com muito orgulho”

Bruna Linzmeyer

Bruna Linzmeyer revelou que sofreu de heterossexualidade compulsória (Imagem: Reprodução / Instagram)

Em homenagem ao Dia da Visibilidade Lésbica, comemorado nesta segunda-feira (29), Bruna Linzmeyer abriu o coração ao recordar as primeiras vezes que ficou com mulheres e como foi o processo para se afirmar lésbica diante da mídia.

“As primeiras vezes que eu fiquei com mulheres foram mágicas, foi leve e divertido”, disse a atriz, em depoimento para a revista Vogue.

“Essas relações fizeram com que eu me enxergasse de outro jeito, eu gosto de quem eu sou quando eu estou entre mulheres, especialmente entre mulheres queers”, pontuou.

Em seguida, a famosa contou que alguns meses depois do início do namoro com sua primeira namorada, saiu uma matéria no jornal afirmando que ela era bissexual.

“Por que bissexual? Por que eu fui casada com um homem cis antes de começar a namorar mulheres? Até hoje, muitas pessoas se confundem dizendo que sou bi ou pansexual, só porque eu já me relacionei com homens”, declarou Bruna.

“Eu refletia muito sobre aquela matéria e pensava: ‘Acho que se eu for alguma coisa, algum desses nomes, eu sou sapatão'”, recordou.

“E sou sapatão com muito orgulho, e me considero queer também. Entendo minha identidade-sexualidade como sapatão-queer. Queer significa ‘estranho’/ ‘anormal’ em inglês. É uma das formas que ainda tentam me ofender, me xingam “você é anormal”. E quem disse que eu quero ser normal?“, disparou.

Não tenho nenhum interesse em fazer parte dessa normalidade, dessa normatividade que sempre aponta o dedo e tenta regular o corpo alheio. Respeito demais meus desejos dissidentes, fora da forma, fora dos trilhos, estranhos, anormais“, garantiu

Bruna Linzmeyer fala sobre heterossexualidade compulsória

No seu depoimento, a atriz, que afirmou que apesar de ter tido ótimos relacionamentos com homens cis até os 22 anos, sofreu de heterossexualidade compulsória.

Ao explicar o termo usado nos anos 80 por Adrienne Rich, filósofa e teórica queer, Bruna Linzmeyer detalhou: “Fala sobre como somos levados a sermos heterossexuais sem nunca nos perguntarmos se é isso mesmo que a gente quer, que a gente gosta, que a gente é. Aquela coisa que você faz na vida só porque tá todo mundo fazendo”.

Da Redação
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