Aqueles que se atentam à carreira de Walter Casagrande sabem de sua extensa e difícil luta contra a dependência química, entre internações e outras barreiras pelo caminho. Ao aparecer no Altas Horas deste sábado (14), o comentarista de futebol da Globo falou sobre tudo isso.
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Relembrando o tempo em que ficou internado, Casagrande esclareceu que nem tudo é tão instantâneo como parece: “As pessoas não sabem, mas quando a minha família me internou por um ano, quando eu saí as pessoas pensavam: ‘o cara ficou internado, acabou o problema, não usa mais drogas’. Não é assim, porque depois de um ano trancado, tenho que voltar pra sociedade. Para que eu voltasse à sociedade, tive apoio psicológico e tive que montar uma nova vida“.
Na sequência, ele ainda esclareceu como foi lidando com tais questões após sair do internamento: “Começar a encontrar prazeres em outro lugar, em outras coisas como teatro e cinema, fiquei mais próximo da música, eu tenho um programa na Rádio 89, que é de rock, já faz cinco anos… Eu conto essa trajetória de como é difícil o dependente químico voltar à sociedade, voltar a confiança dele e conquistar a confiança das pessoas“.
O fato de Casagrande ter protagonizado uma série sobre cocaína no Fantástico, com o doutor Dráuzio Varela, lhe despertou um pensamento marcante: “Foram filmadas várias coisas e no dia que eu estava embarcando para a Rússia, pra Copa do Mundo. Daí eu pensei: ‘eu preciso ir sóbrio pra essa Copa e voltar sóbrio’“.
Ao comemorar a sobriedade total de drogas e álcool, o locutor se emocionou ao vivo, na Copa do Mundo de 2018, em desabafo que encantou os telespectadores: “Fiquei emocionado porque lembrei disso. O mais importante era eu me sentir sóbrio. Fechei o capítulo ‘droga’ na minha vida e abri o da recuperação e da ressocialização. É isso que eu conto nesse terceiro livro“.
Por falar no livro, Walter Casagrande revelou breves detalhes sobre sua terceira obra: “Está fresquinho, vai ser lançado em março [de 2020] e se chama ‘Travessia: do inferno à sobriedade’“.
Já o filme sobre sua vida está em estágio embrionário: “Foram 4 ou 5 anos de projeto, agora voltou à estaca zero, porque não se acertamos com roteiro, enfim… Vai acontecer. Vale dizer que esse filme é baseado no meu primeiro livro com o Gilvan Ribeiro, o ‘Casagrande e seus demônios’, em que eu conto minha história dramática do meu envolvimento com drogas“.
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